Apesar de bonitos, os edifícios que possuem fachadas de vidro, muito comuns nas grandes metrópoles, causam impacto ao meio ambiente. “Esses edifícios, que normalmente são construídos para abrigar escritórios de grandes empresas, são prejudiciais antes e durante seu uso”, disse a arquiteta Rosilene Regolão Brugnera, que realizou seu estudo de doutorado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), da USP em São Carlos. Em entrevista aos Novos Cientistas, a pesquisadora falou sobre sua pesquisa que também foi realizada, em parte, na Universidade do Minho, em Portugal.
Rosilene ressaltou que essas construções normalmente têm plantas maiores que 900 m², sem paredes internas, chamados de edifícios de planta livre, do inglês open plan offices, com janelas totalmente seladas e sistemas de condicionamento artificial funcionando em todo o período de ocupação do edifício. “Analisamos suas fachadas e como suas características influenciam no consumo de energia, nos impactos ambientais e no custo. A ideia do projeto foi trabalhar essas três variáveis de forma integrada ao longo de toda a vida útil do edifício”, explicou Rosilene. Ela fez uma avaliação do ciclo de vida (ACV) dessas construções. Por esta razão parte de seu doutorado foi feita na Universidade do Minho, Portugal, sob orientação do pesquisador Ricardo Mateus, especialista em análise do ciclo de vida para construção civil. No IAU, Rosilene teve a orientação da professora Karin Maria S. Chvatal. Ela também contou com a coorientação do professor João Adriano Rossignolo, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga.
O podcast Os Novos Cientistas vai ao ar toda quinta-feira, às 8 horas, dentro do Jornal da USP no Ar, que é apresentado diariamente pela jornalista Roxane Ré, das 7h30 às 9h30, na Rádio USP FM (93,7 MHz).
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