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Em sua última edição do ano, a coluna Fique de Olho trata de uma ferramenta básica, que existe há vários séculos e nos ajuda a enxergar melhor: os óculos, cada vez mais acessíveis e úteis em tantas ocasiões. Eduardo Rocha nos lembra que eles não servem apenas para nos possibilitar uma melhor visão, mas também para proteger os olhos de traumas, que vão dos mecânicos aos químicos, e de radiações lesivas. Nas última décadas, diz ele, uma série de modificações ampliou as perspectivas dos óculos e o seu espectro de utilidades, com lentes multifocais e diferentes filtros de luz. “Uma inovação curiosa e simples foi a adaptação de dois espelhos em frente às lentes, desviando a direção da visão em 90 graus, e foi feita para evitar a necessidade de dobrar o pescoço e virar os olhos para ver abaixo ou evitar de erguer a cabeça para ver TV deitado na cama, por exemplo. Essa engenhosidade ganhou o nome de óculos preguiçosos ou lazy glasses.” Ele acrescenta que sua aplicação transcendeu as expectativas e passou a ser usado também por artistas visuais, para a captação de cenas inusitadas,  e por médicos em treinamento para aprendizado de microcirurgias.

“Num outro extremo, transcendendo a utilidade dos óculos, a possibilidade de  inclusão de conexão com a internet e outros recursos audiovisuais chamou atenção de gigantes da tecnologia, que passaram a projetar óculos com alguns equipamentos que aumentam as possibilidades de informação oferecidas aos usuários, como a capacidade de fazer fotos e vídeos, incorporar relógio, dados de localização, tempo e clima, fazer chamadas e até acessar documentos. Por essas e outras, eles são chamados de óculos inteligentes ou de realidade ampliada.” Que não se pense, porém, que os óculos tradicionais saíram de órbita, como ressalta o colunista. “Note que, mesmo com tantas alternativas, que vão de lentes de contato a cirurgia, os óculos seguem como ferramentas úteis para funções de melhorar a visão e proteger os olhos. Uma nova cartela de opções pode ter essa possibilidade de inovar – da mesma forma que as pessoas possuem óculos de leitura, um outro para dirigir ou trabalhar e, numa comparação simples, um chinelo para ficar em casa, sapatos para o trabalho e um calçado confortável para exercício físico e longas caminhadas é bem possível que bem mais do que um par  de óculos faça parte da vida da maioria das pessoas nos tempos modernos. O tempo nos dirá.”

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