Nesta semana, o pediatra João Paulo Lotufo aborda em sua coluna a proibição do celular nas escolas, que ele considera benéfica e que “está deixando felizes os professores, os alunos estão socializando mais e os pais não estão tendo problemas para proibir isso dentro de casa”. O problema, de acordo com o colunista, é que existem leis que pegam e leis que não pegam. Uma que pegou – e que ele comemora – é a proibição de fumar em ambiente fechado, muito embora Brasília, ao contrário de São Paulo, tenha demorado cinco anos para regulamentar essa lei. “Por que pegou essa lei? Pegou porque há punição exemplar para o dono do restaurante. Se você fumar no restaurante, ele pode pagar uma multa, dobra-se o valor da multa, na terceira vez fecha o restaurante por 24 horas e depois tem mais uma punição, parece que fecha 30 dias. Então a punição é exemplar. Hoje ninguém fuma mais em ambiente fechado.”
Da mesma forma, ele acha que a proibição do celular na escola veio para ficar, “porque há uma regulamentação e isso vai ser cumprido. Vão tomar o celular do seu filho se ele falar no celular dentro da escola”. Ele lamenta, porém, a existência de uma lei que não pega. “O cigarro eletrônico é proibido no País, proibido importar, proibido fabricar, mas você compra em qualquer lugar. Você compra em qualquer banca de jornal e você vê gente fumando cigarro eletrônico em todos os lugares. Esta falta de punição exemplar em relação à venda de cigarro eletrônico leva o jovem a perder o medo do cigarro eletrônico e, se ele começa no cigarro eletrônico, em pouco tempo fica dependente da nicotina, já que o cigarro eletrônico tem seis, sete vezes mais nicotina do que um cigarro normal.”
Dr. Bartô e os Doutores da Saúde
A coluna Dr. Bartô e os Doutores da Saúde, com o professor João Paulo Lotufo, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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