Cientistas ainda não chegaram a um consenso em relação aos benefícios da prática do jejum intermitente. Várias pesquisas mostraram em camundongos que a restrição calórica, como também é conhecida, estaria associada a uma vida longa e saudável. Mas, em seres humanos, há muitas controvérsias.
Pesquisas anteriores sugerem que a prática do jejum intermitente ativa proteínas denominadas sirtuínas, também chamadas de proteínas da longevidade. Já foram identificadas sete formas de sirtuínas presentes em diferentes localizações das células, exercendo várias funções, entre elas, reparo do DNA (que sofre quebras durante o envelhecimento) e proteção contra o diabete e estresse oxidativo. As sirtuínas reduziriam também, em parte, os efeitos negativos da inflamação e estresse metabólico associado ao envelhecimento. “Mas o que é interessante é que o resveratrol, presente em uvas vermelhas e no vinho tinto, também ativa as sirtuínas”, explica a geneticista. “Por outro lado, os efeitos negativos também estão associados à evolução de câncer em humanos e, portanto, é muito importante avaliar os prós e os contras da restrição calórica.
Um estudo recente, também em camundongos, traz novidades em relação ao impacto do jejum intermitente. Publicado na revista Nature em agosto, cientistas mostraram que a quebra do jejum trouxe mais benefícios aos camundongos que o próprio jejum.
Nesta edição de Decodificando o DNA, Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, explica o que aconteceu quando os pesquisadores decidiram reintroduzir a alimentação nesses animais.
Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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