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Ética em Ação para o Desenvolvimento Sustentável é o título de um livro lançado há alguns meses pela Columbia University Press, e que é uma coletânea de muitos trabalhos organizada por cinco professores de filosofia, história e direito. A liderança dessa organização é do famoso economista Jeffrey Sachs que, como todos devem saber, tem um papel muito importante na ONU, relativo à tentativa de colocar realmente as coisas na direção do desenvolvimento sustentável. Além disso, ele fundou na Columbia University um centro de desenvolvimento sustentável. Agora, justamente com esse livro, deu para perceber que também existe um outro centro na mesma universidade dedicado especificamente aos investimentos sustentáveis.

Essa coletânea tem 480 páginas, são 44 trabalhos e 37 autores. Uma das características principais é que reúne pessoas que são mais ativistas em organizações – principalmente organizações, digamos, ecumênicas – com pesquisadores e outros que trabalham em ONGs pela paz, contra pobreza e assim por diante, e que se juntaram nessa ideia de que é preciso discutir a ética na ação para o desenvolvimento sustentável.

Mesmo sendo quase impossível dar uma ideia do conteúdo de um livro desses, acho que é bom dizer que a introdução é do próprio Jeffrey Sachs, mas junto com um professor de Filosofia da Duke University. Essa introdução é precedida por um prefácio que é assinado pelo papa Francisco junto com alguém muito importante, muito respeitável, mas muito pouco conhecido por esse lado de cá do mundo, que é o patriarca ecumênico Bartolomeu I, de Constantinopla. Na verdade os dois já tinham lançado, em 2017, um apelo pelo Dia Mundial de Cuidado com a Criação. Dos artigos que valeriam a pena realmente destacar, e são muitos, eu escolho um que é de um estudioso da história do pensamento econômico italiano, que se chama Stefano Zamagni e que procura explicar uma coisa incrível; que muito antes da chamada virada histórica do pensamento econômico com Adam Smith já existia na Itália uma corrente diferente, que é a da economia civil em vez da economia política. Conta, inclusive, que a primeira cátedra de economia do mundo foi criada na verdade em Nápoles.

Enfim, seria muito importante que esse livro viesse a ser traduzido no Brasil.

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