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Nesta semana, o professor Luciano Nakabashi fala sobre as causas do baixo crescimento econômico do Brasil. “Quando a gente pensa na questão do baixo crescimento da economia brasileira, isso certamente tem a ver com a questão fiscal, uma dúvida em relação à sustentabilidade da relação dívida/PIB, mas não é só isso, porque o Brasil já apresenta um baixo crescimento nos últimos 40 anos, a gente teve uma quebra estrutural ali, em termos de desempenho econômico, nos anos 80.” Alie-se a isso as complicações do cenário externo, com destaque para a guerra na Ucrânia e o aumento nas taxas de juros de várias economias importantes, assim como a redução no crescimento da economia chinesa.

Como receita para acelerar o crescimento do País, Nakabashi cita a aprovação de um arcabouço fiscal que dê “mais segurança, dê mais garantia de que a dívida pública é sustentável ao longo do tempo, aprovar reformas que deem mais agilidade à economia brasileira, melhorem o ambiente de negócios, o que a reforma tributária, do jeito que está se falando, vai nessa linha”.

Para ele, a questão tributária é muito importante nessa agenda de reformas, para melhorar a eficiência da economia e dar mais credibilidade para os investidores, “e isso vai atrair investimentos, isso faz com que o Brasil entre numa rota melhor de desempenho econômico, pelas expectativas e pelas próprias reformas”.

É fundamental também, segundo o colunista, impedir uma pressão de aumento dos gastos além do PIB, “a gente tem que arrumar essa questão, que vai de encontro com o novo arcabouço fiscal. Isso é fundamental, qualquer economia tem que gastar o que pode e qualquer gasto gera impostos, e isso faz com que tenha alguma ineficiência na economia […] então, é preciso políticas que desvinculem gasto de receita, para dar mais liberdade para o governo, para que o próprio governo tenha possibilidade de fazer investimento em áreas que são importantes, como infraestrutura, que é outro gargalo da economia brasileira. E aí tem a questão das políticas educacionais, a questão das regras, que são questões bastante complexas, mas que precisam ser lidadas, para que a economia brasileira possa crescer não só no médio prazo, mas também no longo prazo”.

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