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“De fato, o mês começou bem quente com a Bienal do Livro, que atraiu uma multidão de jovens de todas as idades para conferir a programação cultural e as novidades do mercado”, afirma a professora Marisa Midori na sua coluna Bibliomania desta semana. A professora cita dados divulgados pela imprensa: “Entre os dias 2 e 10 de julho, 660 mil pessoas visitaram os 65 mil metros quadrados de exposição”.

Durante o evento, Marisa acompanhou um debate “acaloradíssimo”, como define, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com a presença do senador Jean Paul Prates, relator da Lei Cortez no Senado. “Conversa boa, que confrontou diferentes visões do setor editorial, com uma ideia da maior importância: a proposta da lei de regulação do preço não vem acabar com a livre concorrência, ela vem criar regras para que todos possam concorrer no mercado.”

A professora ainda alerta que “não podemos ficar de braços atados diante do perigo de uma possível taxação do livro, como foi defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em 2020; ou mesmo aceitar passivamente a ideia (distópica!) de que em um futuro breve todos estaríamos fadados a adquirir nossos livros exclusivamente pela internet e, o que seria ainda mais terrível, apenas de uma empresa monopolizadora”. E chama a atenção para um último fato: “As bibliotecas brasileiras estão encolhendo […] “Temos que reverter este quadro”.

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