As cidades devem se reestruturar no pós-pandemia

Raquel Rolnik lembra que essa reconstrução deve acontecer em áreas comerciais e de escritórios e envolver hábitos que foram alterados durante a crise sanitária

 24/06/2021 - Publicado há 3 anos
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O pós-pandemia é um dos assuntos mais aguardados pelas pessoas no mundo inteiro e o futuro das cidades não poderia deixar de ser discutido neste momento, apesar de parecer ainda longínquo para muitos brasileiros. Haverá uma reorganização de empresas e negócios. Muitas empresas devem desaparecer da cidade fisicamente, mantendo-se apenas de forma virtual.

A professora Raquel Rolnik questiona: “Qual é mesmo o porcentual de pessoas que, durante a pandemia, migraram de vez para o home office ou trabalho a distância? E isso chega a 30%?; provavelmente não!” avalia.  Além disso, muitas pessoas deixaram as grandes cidades para viver no campo e, mesmo assim, continuaram participando do mundo do trabalho e do consumo urbano. Essa reconstrução deve acontecer em áreas comerciais e de escritórios, com a nova mudança de hábito. Resta saber se isso deve se sustentar, não esquecer do “exército” de trabalhadores que precisaram se reinventar e se tornaram empreendedores, sem falar dos que tiveram que circular na pandemia para que outros pudessem ficar em casa.

Na verdade, a pandemia não foi a responsável por essa mudança, que já estava em curso e apenas foi consolidada. A pandemia foi uma oportunidade para a mudança, ou para fortalecer um modelo ou encerrar outro, que já se revelava obsoleto.


Cidade para Todos
A coluna Cidade para Todos, com a professora Raquel Rolnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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