Na coluna desta semana, o professor Glauco Arbix comenta sobre os impactos da inteligência artificial na sociedade, no trabalho, na ética, na saúde, na comunicação e como se deve dar voz à população para participar da definição dos rumos dessa tecnologia tão poderosa. “Esse debate diz respeito, na verdade, a todos nós. Não deve ser assunto exclusivo de apenas, de especialistas, programadores, cientistas e autoridades. Mas como o mundo da economia, da política e das decisões é comandada por adultos, a preocupação é sempre menor quando o assunto envolve o desenvolvimento das crianças”, alerta.
O colunista lembra que em pouco tempo as crianças de hoje, que nasceram na era da IA generativa, estarão navegando uma realidade entrelaçada com diversos tipos de inteligência artificial que são capazes de mesclar o real e o artificial, tornando muito difícil a distinção entre uma e outra dimensão. “Estudo recente da Universidade da Califórnia revelou que as crianças entre 13 e 6 anos de idade, acreditam que os assistentes de inteligência artificial, aqueles que falam com a gente, diferentemente dos desenhos animados e filmes e super-heróis, conseguem pensar e são efetivamente dotados de sentimentos.
Os pesquisadores perguntaram como será o mundo daqui a cinco gerações com técnicas de inteligência artificial capazes de gerar experiências sensoriais e de comportamento que se entrelaçam perfeitamente com a vida cotidiana. “Mesmo quando sabemos que ainda não há caminhos 100% seguros que nos levem a uma IA que traga benefícios e não prejudique a humanidade.”
Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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