USP Analisa #33: Telemedicina supera distâncias para levar saúde à população

Especial do USP Analisa discute a importância dessa ferramenta em entrevista com professor da FMRP

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 06/11/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 09/11/2020 às 11:37
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USP Analisa #33: Telemedicina supera distâncias para levar saúde à população
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Uma ferramenta fundamental para cuidar da saúde das pessoas quando a distância é um fator limitante, a telemedicina ganhou uma importância ainda maior no Brasil devido à necessidade de isolamento social trazida pela pandemia de covid-19. Para falar sobre esse tema, o USP Analisa exibe, a partir de hoje (6), uma entrevista especial em três programas com o docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques.

Ele explica que a telemedicina não é um processo novo. Há relatos de uso dessa técnica inclusive durante a Guerra de Secessão dos Estados Unidos, por meio do telégrafo. “O grande fato é que, hoje, se a gente pensar principalmente numa estrutura como a gente tem no Brasil, em que você tem um Sistema Único de Saúde que é distribuído e hierarquizado, o fato de você poder utilizar essas tecnologias pode ter um impacto muito importante. Fundamentalmente, o que a telemedicina vai propiciar é uma maior possibilidade de acesso à saúde de pessoas que hoje talvez não consigam ter esse acesso devido a questões, por exemplo, de estarem muito distantes dos centros de referência onde elas podem ser atendidas”, diz.

Marques destaca que há duas iniciativas importantes no Brasil, tanto na área de telemedicina, que envolve o cuidado do paciente, quanto de telessaúde, que é um termo mais amplo e também envolve a formação continuada do profissional de saúde. Uma dessas iniciativas é o Telessaúde Brasil Redes, criado em 2007, que hoje já oferece teleconsultoria em 1.500 Unidades Básicas de Saúde do País. 

“Em 2007 foi criado um projeto piloto, com alguns Estados montando o que a gente chama de núcleo de telessaúde dentro de hospitais universitários, que são hospitais de referência, e fazendo a conexão via redes cabeadas ou por rádio com os serviços de atenção básica de saúde, para que o profissional que está no hospital, que é especializado, possa dar um suporte na tomada de decisão para o médico que está tratando lá na ponta, na atenção primária, que geralmente é um médico de saúde da família ou um clínico. E, em algumas situações, você precisa da opinião de um médico especialista”, diz o professor.

Outra iniciativa, segundo o professor, que complementa o Telessaúde Brasil Redes, é a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). Trata-se de uma rede que conecta hospitais universitários e centros de pesquisa com foco na formação continuada do profissional de saúde. “Ela então propicia a conectividade para que você crie grupos de estudo e de discussão de casos dentro dos hospitais. E essa é uma iniciativa muito grande, hoje a Rute já tem aproximadamente 139 núcleos dentro de hospitais e institutos de pesquisa no Brasil todo, com um total aí de 55 grupos de trabalho que discutem assuntos diversos relacionados à saúde.” 

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USP Analisa
O USP Analisa Vai ao ar pela Rádio USP quinzenalmente às sextas-feiras, às 16h:45, e também está disponível nos principais agregadores de podcast. O programa é uma produção conjunta da Rádio USP Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP. Apresentação e edição: Thaís Cardoso. Produção: João Henrique Rafael Junior. 

 

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