
O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a dermatologista Cacilda da Silva, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina em Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre acne, problema que atinge principalmente os adolescentes.
A dermatologista explica que a acne é uma doença que pode estar relacionada a fatores genéticos, ao estresse e também ao uso de medicações. O aumento da produção dos hormônios na adolescência gera um processo inflamatório nos folículos pilossebáceos, principalmente na face e no tronco, resultando na acne. Ao final da adolescência normalmente a acne tende a diminuir ou até mesmo sumir, mas isto não é uma regra.
Cacilda conta que existem graus de acne, o mais leve é aquele conhecido como cravos; o grau dois se apresenta com uma maior inflamação a partir do rompimento do folículo pilossebáceo irritando a pele ao redor; o grau três resulta em uma lesão mais acentuada e dolorosa; por fim, no último e mais grave grau, as lesões se agrupam, com um grande número de bactérias e formação de pus, podendo deixar cicatrizes.
O tratamento para a acne evoluiu ao longo dos anos, atualmente os médicos se utilizam de medicamentos orais derivados da vitamina A ácida que impede o aumento da proliferação das células. A especialista alerta para a necessidade de prescrição médica, devido aos efeitos colaterais da medicação oral, “indicada para os casos mais graves, grau dois e três, que estão deixando cicatrizes e principalmente acnes grau quatro”, conta Cacilda. Importante lembrar que o Sistema Único de Saúde oferece o tratamento da doença para a população.
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