O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe José Sebastião dos Santos, professor de Cirurgia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a pancreatite. Inflamação grave no pâncreas, glândula que está ligada ao intestino, a doença gera dor no abdome, na região da boca do estômago, e tem um diagnóstico rápido.
O que é a pancreatite
O professor explica que, nos últimos tempos, tem ocorrido um aumento nos casos dessa inflamação em decorrência do sedentarismo e da obesidade, no entanto essas não são as únicas causas. As mais comuns são as de pacientes com pedra na vesícula, as alterações hormonais das mulheres e o consumo excessivo de álcool.
Atualmente, a pancreatite tem sido relacionada às altas taxas de triglicérides na corrente sanguínea, mas as pesquisas também avançam, investigando pancreatite hereditária.
Em casos graves, o paciente pode apresentar infecção e agravamento em todos os órgãos, com letalidade que chega a cerca de 30%. Quando a inflamação é aguda e gera lesões, existe uma possibilidade de reversão para que a glândula volte ao seu formato e ao seu funcionamento normal. Já para os que desenvolvem pancreatite por consumo de álcool, é indicada a interrupção definitiva desse consumo para evitar o risco da perda da função do órgão.
Sobretudo alguns cuidados que o paciente deve ter é com a alimentação: “Na fase aguda a gente recomenda uma restrição de gorduras e proteínas, então é uma dieta mais líquida, à base de hidrato de carbono”, explica o professor. Para os pacientes que não estão mais com uma inflamação aguda e não apresentam sequelas, a alimentação pode voltar a ser rotineira.
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