Saúde Sem Complicações #76: Hipopituitarismo é raro e mais frequente em adultos

Doença, que afeta a glândula hipófise, atinge cerca de 80 pessoas a cada 100 mil habitantes, diz especialista

 28/09/2021 - Publicado há 3 anos
Jornal da USP no ar: Medicina
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Saúde Sem Complicações #76: Hipopituitarismo é raro e mais frequente em adultos
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O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe, Sonir Roberto Rauber Antonini, professor titular e chefe do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Divisão de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da FMRP (HCRP), para falar sobre a doença endócrina hipopituitarismo.

A hipófise

A doença acomete a glândula pituitária, conhecida também como hipófise, que se divide em duas e é capaz de secretar diversos hormônios: o GH, responsável pelo crescimento; o TSH, com função de regular a tireoide; o ACTH, encarregado de regular as glândulas suprarrenais; a prolactina, que tem como função principal a produção de leite durante a amamentação, e os hormônios responsáveis pelas gônadas femininas e masculinas.

O que é o hipopituitarismo?

Segundo o professor Antonini, trata-se de uma doença relativamente rara e complexa que pode se manifestar em qualquer fase da vida, sendo mais comum em adultos. Algumas de suas causas, conta o professor, são a genética, os tumores ou a consequência de contusões graves na região da cabeça.

Os sintomas, diz Antonini, são manifestados de forma gradual e lenta. Nas crianças do sexo masculino, pode-se observar “a disfunção dos hormônios da gônada masculina já no início”. Neste caso, adianta, a causa é considerada congênita. Em jovens entre 13 e 14 anos, pode ser observado atraso na apresentação das características típicas do processo de puberdade. 

Já para os adultos, deve ser considerada a presença de tumor e os sintomas se diferenciam de acordo com o sexo. Nas mulheres, alguns sintomas são: interrupção repentina da menstruação, pele seca e queda capilar. Em homens é possível notar a redução do libido, a queda de pelos e a redução do volume do testículo que “começa a produzir pouca testosterona”, explica o professor. 

Antonini diz que o diagnóstico inicial pode ser feito através da dosagem hormonal e alerta aos médicos que atentem para os sintomas da doença, já que o tratamento depende da investigação das causas, indicando reposição hormonal ou até mesmo cirurgias com auxílio de neurocirurgiões.


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