Quilombo Academia: A tamboralidade no canto negro da Sandra de Sá e Chico Cesar

A negritude musical da Sandra de Sá e Chico Cesar

 30/08/2024 - Publicado há 6 meses
Quilombo Academia - USP
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Quilombo Academia: A tamboralidade no canto negro da Sandra de Sá e Chico Cesar
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O arranjo de samba rock, na interpretação genialidade da Sandra de Sá, que é constituída nas acentuações dos tempos dois e quatro, na caixa da bateria; conjugada em um entrelaçamento da ritmicidade, que é feita nos instrumentos do samba tradicional. Isso implica em inegável tamboralidade afrodiasporica que é, geralmente, transversal na dimensão léxica. Fenômeno que é percebido, sobretudo, no diferencial da composição de Jorge Aragão, que tem no samba o referencial existencialidade negra, intensificando ainda mais a negritude no canto da Sandra de Sá.

A negritude na composição do Chico César constitui em uma denúncia a dupla marginalização, referenciando-se no sofrimento da mulher negra, como vítima do capital, que está encarnado no patriarcado eurocaucasiano. A originalidade de consideração se dá concomitantemente a uma afirmação da imagem positiva do negro, cantando Mama África. Com isso o Chico Cesar destaca a teluricidade negra, como berço matriarcal da humanidade, sendo também a primeira civilização do planeta. Com a eufonia dos versos “Deve ser legal, ser negão no Senegal”, Chico canta a mágica alegria da dor de ser afrodescendente na Diáspora.


Quilombo Academia

O Quilombo Academia é transmitido as quintas-feiras, às 13 horas, com reapresentação aos domingos, às 19 horas e 30 minutos, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.

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