Quilombo Academia: A luta contra euroheteronormatividade nos cantos de Elis Regina e Elza Soares

A africanidade se constitui em traços, de genialidade e de irreverência, nas músicas de Elis Regina e Elza Soares

 23/02/2024 - Publicado há 5 meses
Quilombo Academia - USP
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Quilombo Academia: A luta contra euroheteronormatividade nos cantos de Elis Regina e Elza Soares
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A genialidade da Elis Regina estava na criatividade original em que a cantora fazia uma interpretação que sugeriu o sentido da resiliência afrodiaspórica. O canto de Elis buscava o comportamento resiliente na imagem da mulher, que é minoria no pensamento ocidental. A preocupação com a mulher negra na consciência militante da cantora dialoga com o matriarcado, que é um componente estrutural da cosmovisão africana. Assim, o canto de Elis foi sobretudo, uma crítica a euroheteronormatividade.

A irreverência de Elza Soares trouxe uma profunda modernidade criativa original, seu canto se pautava por uma inarredável denúncia contra as desigualdades, tais como: social, racial, gênero e sexualidade. Sendo uma ação contra o patriarcalismo do homem branco europeu. De tal sorte que, o canto de Elza Soares foi caracterizado por um comportamento, que sempre caminhou na contramão da hegemonia do patriarcalismo do homem branco europeu. Com união das corporalidades afrodiasporicas, que foi marcada pelas tamboralidades do samba, do jazz e do rock in holl.


Quilombo Academia

O Quilombo Academia é transmitido as quintas-feiras, às 13 horas, com reapresentação aos domingos, às 19 horas e 30 minutos, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.

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