
No podcast Os Novos Cientistas desta quinta-feira, 20, o pesquisador Gabriel Cirino, que é mestre pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, conversou com o jornalista Antonio Carlos Quinto sobre a startup Braine – Brazilian AI for Neurodiversity, por ele desenvolvida em disciplinas do Mestrado Profissional em Empreendedorismo (MPE) da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP. A Braine é uma plataforma que usa inteligência artificial auxiliando no diagnóstico e acompanhamento do autismo, de forma mais rápida e eficiente em relação aos métodos tradicionais.
“Em muitos casos o diagnóstico do autismo pode levar anos”, contou Gabriel. O pesquisador traçou um comparativo entre os métodos convencionais de diagnóstico e o que o método da plataforma Braine pode possibilitar. “Um tratamento convencional pode durar entre seis e doze meses, há um custo de R$ 5 mil a R$10 mil”, estimou. Gabriel disse que com a Braine, o tempo de tratamento cai para algumas semanas com valores médios de R$ 200.
De acordo com Gabriel, o trabalho da plataforma é fundamentado em protocolos clínicos reconhecidos, como o CID-11 e o DSM-5, garantindo que nossa tecnologia esteja alinhada com as melhores práticas da neurociência e da clínica especializada. O pesquisador salientou que, “atualmente, estamos desenvolvendo três frentes principais para apoiar profissionais, pacientes e famílias ao longo da jornada do cuidado: Prognóstico Precoce, Suporte ao Tratamento e Monitoramento e Gestão de Crises.” O pesquisador informou ainda que a Braina está com projetos pilotos em andamento, e uma primeira versão foi testada com um grupo seleto de usuários – incluindo psicólogos, educadores e pessoas com TEA. A expectativa é que, ainda em 2025, possamos lançar uma versão ampliada dos produtos da Braine para um público maior.
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