A demanda por bem-estar e qualidade de vida, principalmente para pessoas que convivem com doenças crônicas, em conjunto com o avanço científico em novos medicamentos, tem feito com que substâncias que agem sobre o sistema endocanabinoide sejam mais estudadas como possibilidade de tratamento. Assim, os medicamentos à base dos chamados fitocomplexos de cannabis ganharam destaque pelo potencial terapêutico de doenças como a epilepsia, a dor crônica e a ansiedade.
Segundo o acadêmico Felipe Rodrigues, orientado pela professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, o fitocomplexo de cannabis pode ser importante para o tratamento de sintomas de doenças como fibromialgia, doença de Parkinson e Alzheimer, atuando na maioria das células receptoras do sistema nervoso central. Apesar disso, Rodrigues afirma que, assim como todo tipo de medicamento usado sob recomendação, o fitocomplexo possui sua contraindicação. Porém, seguindo toda a prescrição recomendada, o fitocomplexo é um medicamento seguro e que deve ser usado como uma forma de tratamento.
Atualmente, a legislação brasileira proíbe o plantio da Cannabis sativa, que exige autorização da própria União e justificativa que se enquadre nas regulamentações da Anvisa. Em relação ao uso das substâncias extraídas da planta e utilizadas na fabricação do medicamento, a Anvisa regulamenta o uso dessas substâncias na produção de conhecimento e na indústria para a produção de insumos terapêuticos.
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Coordenação: Rosemeire Talamone