Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente dois bilhões de pessoas consomem álcool, o equivalente a quase vinte e cinco por cento da população mundial. Com o Carnaval rolando nas ruas, aumenta ainda mais a preocupação com os prejuízos do álcool para o organismo humano.
O processo começa pela ingestão da bebida que, ao chegar ao estômago, onde um quarto do álcool é absorvido, estimula a produção de ácido clorídrico, deixando o estômago sensível, com sensação de queimação e ânsia de vômito. Em seguida, a bebida vai para o intestino delgado e ali o álcool cai na corrente sanguínea e é transportado para o corpo todo.
O principal motivo da ingestão de álcool é a alegria que ele proporciona. A serotonina, o neurotransmissor responsável pela regulação da sensação de prazer, é a causadora disso. “O álcool aumenta a quantidade de serotonina, deixando a pessoa mais feliz e relaxada”, explica a acadêmica Kimberly Fuzel da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto.
Já a famosa ressaca pode ser minimizada pela ingestão de água intercalada com álcool, como explica Kimberly: “Enquanto a pessoa bebe, os rins inibem a produção de uma substância diurética chamada ADH, que é responsável pela absorção de água. Com o corpo absorvendo menos água, a formação de urina é maior, causando perda de água e assim uma desidratação, que contribui para a dor de cabeça.”
Para entender mais sobre o processo do álcool no corpo, e quais suas consequências, ouça o podcast na íntegra.