No podcast Pílula Farmacêutica desta semana, a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto, fala sobre as pomadas, como funcionam essas formulações farmacêuticas e em quais situações são utilizadas. Como um produto semissólido, as pomadas possuem um bom espalhamento e são aplicadas em membranas, mucosas ou diretamente na pele. São usadas em várias situações, desde coceiras a machucados, mas precisam de indicação médica e farmacêutica, como alerta Amanda.
Para manter a saúde, a acadêmica lembra que as pomadas são mais que tratamento de pele, pois integram o autocuidado, além do processo de cura. “Podem possuir função cicatrizante, hidratante, restauradora, antibiótica e antinflamatória, dentre outras, além de serem mais utilizadas para lubrificar e hidratar a pele.”
Podem se apresentar como epidérmicas (agem superficialmente na pele), endodérmicas (quando o veículo utilizado é um óleo vegetal) e hipodérmicas (absorvidas pela derme e hipoderme). Também existem pomadas de corticoides (para tratamento de dermatites), pomadas vaginais (candidíase), as fitoterápicas (com extrato de ervas) e as antibióticas (contêm bacitracina, neomicina ou polimixina, por exemplo), muito indicadas para feridas traumáticas.
Contra possíveis efeitos adversos, deve-se sempre consultar um profissional de saúde antes de utilizar uma pomada com fim curativo. A acadêmica afirma que crianças só podem usar pomadas à base de corticoides com orientação pediátrica. Aquelas menores de 1 ano de idade ou pessoas alérgicas aos corticoides “não podem usar esses tipos de pomadas”. O mesmo vale para os tratamentos de fungos, herpes simples e rosácea.
As pomadas vaginais, como a Nistatina, não devem ser utilizadas por pessoas alérgicas à substância ou por mulheres grávidas e lactantes sem orientação médica. Amanda alerta também às pessoas com idade mais avançada para a maior dificuldade de cicatrização devida à baixa resistência à tensão e ao retardo da resposta inflamatória.
Coordenação: Rosemeire Talamone