
Prática comum na área da saúde, especialmente entre aqueles que convivem com problemas de saúde crônicos ou complexos, a polifarmácia é o tema desta edição do podcast Pílula Farmacêutica em que o acadêmico Giovani Santos de Oliveira, orientado pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, fornece orientações gerais para os pacientes adeptos da prática.
Entre as recomendações para evitar riscos à saúde, Oliveira destaca que é necessário seguir os horários dos medicamentos. “Tome cada medicamento exatamente conforme orientado pelo seu médico. Isso pode incluir horários específicos do dia, antes ou após as refeições ou em intervalos regulares”, afirma o acadêmico. Além disso, aponta que os medicamentos devem ser separados com interações potenciais. “Sempre comunique ao seu médico ou farmacêutico todos os medicamentos que está tomando, e pergunte se algum deles deve ser tomado separadamente para evitar possíveis interações”, indica.
A interação com alimentos também merece atenção. Segundo Oliveira, alguns medicamentos devem ser tomados com alimentos para aumentar a absorção ou reduzir a irritação no estômago, enquanto outros devem ser tomados de estômago vazio. Outra orientação é criar intervalos entre as medicações. “Se estiver tomando vários medicamentos, dê um tempo suficiente entre as doses para evitar possíveis interações. Seu médico e seu farmacêutico podem aconselhá-lo sobre os intervalos adequados”, adianta.
Por fim, Oliveira indica o uso de um organizador de medicamentos ou um caderno de anotações. “Considere usar um organizador de comprimidos ou caderno de anotações para acompanhar o uso de seus medicamentos e garantir que você os tome nos horários e doses corretos”, pontua.
De acordo com o acadêmico, o uso de mais de um medicamento ao mesmo tempo pode aumentar o risco de interações medicamentosas indesejadas. “As interações medicamentosas podem diminuir a eficácia de um medicamento, aumentar a toxicidade ou causar efeitos colaterais inesperados. Além disso, a polifarmácia pode aumentar a probabilidade de esquecimento de doses e de confusão na hora de administração dos medicamentos”, informa.
Dessa forma, para prevenir esses riscos, o acadêmico explica que o paciente deve sempre conversar abertamente com o profissional de saúde que o atende e apresentar todas as dúvidas sobre os medicamentos que está tomando, sejam sobre os medicamentos que o médico acabou de prescrever, sejam os que porventura ele tome sem receita médica e até os suplementos nutricionais que usa. “Esses profissionais podem fornecer orientações personalizadas sobre o horário dos medicamentos e ajudá-lo a gerenciar seus medicamentos de forma eficaz e segura”, conclui Oliveira.
Coordenação: Rosemeire Talamone