
No dia 27 de fevereiro deste ano iniciou-se a nova etapa da vacinação contra a covid-19 com a Pfizer bivalente. Entretanto, segundo dados da Secretaria da Saúde da cidade de Ribeirão Preto-SP, apenas 25% do público-alvo compareceu aos postos de saúde para receber a dose. Esta edição do podcast Pílula Farmacêutica fala um pouco sobre a vacina bivalente e suas particularidades.
“Conforme um vírus sofre mutações e novas variantes surgem, como no caso do SARS-CoV-2, é necessário atualizar as vacinas para que se mantenham eficazes, por isso a importância de se tomar diversas doses, sendo a mais recente, a dose da vacina bivalente para a covid”, adianta o acadêmico Giovani Santos de Oliveira, orientado pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP.
O acadêmico lembra que essa vacina é feita com uma nova tecnologia que utiliza o RNA mensageiro para ensinar o corpo a fazer uma proteína só encontrada no vírus da covid, mas sem deixar a pessoa doente. Dessa maneira, caso a pessoa seja exposta ao vírus, essa proteína irá ativar uma resposta imunológica, desencadeando a produção de anticorpos para defender nosso corpo.
Por enquanto, apenas pessoas a partir de 60 anos e as pessoas com alto grau de imunossupressão, que já tomaram pelo menos duas doses anteriores de qualquer vacina contra covid-19, sendo a última dose há pelo menos quatro meses, podem receber a bivalente.
Sobre os efeitos colaterais, o graduando afirma que são raros e os poucos observados são idênticos aos da vacina comum. “Efeitos como dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores no corpo, febre e calafrios são os mais comuns.” Oliveira lembra também que as vacinas monovalentes continuam a ser eficazes contra hospitalização e óbitos, “mas a proteção acaba diminuindo com o tempo, por isso a importância de se receber reforços, principalmente os que fazem parte do grupo de risco. Proteja a si mesmo e aqueles que você ama, vacine-se”, alerta.