No podcast Os Novos Cientistas desta quinta-feira (24), o entrevistado foi o jornalista Jamir Osvaldo Kinoshita. Sob a orientação da professora Roseli Fígaro, ele realizou um estudo de doutorado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP em que analisou a relação de pessoas com deficiência (PcDs) . “Eu já estudava comunicação no mundo do trabalho e sempre percebi que, apesar de notar que existia uma grande gama de pesquisas sobre a inclusão na atmosfera do ensino, pouco era falado sobre a inclusão no universo do trabalho”, descreveu o jornalista.
Na pesquisa intitulada Muito além da porta de entrada: as relações de comunicação no mundo do trabalho das pessoas com deficiência motora e suas contribuições no processo de inclusão social, Kinoshita examinou alguns aspectos que abordam a ligação entre comunicação e a esfera profissional, como o não cumprimento das cotas previstas da Lei nº 8213/1991, o papel do trabalho na identificação das pessoas e os discursos neoliberais de empreendedorismo social e inclusão.
Como inclusão e trabalho se conectam com as ciências da comunicação? O próprio pesquisador responde: “O que nos difere dos outros seres vivos é a capacidade de se comunicar e de trabalhar. Esses aspectos conferem a todo indivíduo o autorreconhecimento e a identificação como ser humano. Só vai existir uma inclusão efetiva de pessoas com deficiência na esfera do trabalho quando as organizações derem voz e espaço a essas pessoas”.
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