
Jorge Duílio Lima Meneses, conhecido como Jorge Ben e, desde 1989, como Jorge Ben Jor, é um multifacetado músico e compositor, atuando como violonista, pandeirista, guitarrista, percussionista e cantor. Seu estilo inconfundível, que mistura samba, bossa nova, rock, funk, jazz, maracatu, ska e outros ritmos, fez dele um dos pioneiros do samba-rock e do samba-soul. Saiba e ouça mais Mosaicos Culturais de Jorge aqui.

O álbum Jorge Ben, sexto álbum de estúdio do músico, foi produzido ao lado de Manoel Barenbein, produtor do disco Panis et Circenses. A composição de Jorge Ben (de 1969, então ainda sem o Jor) inaugura o gênero samba-rock (à revelia do compositor) e incorpora outros como o soul e o estilo psicodélico. Em meio a conflitos entre o artista e a produtora Phillips Records, esse foi um dos álbuns mais populares do artista, atingindo, na época, mais de 100 mil cópias vendidas. A capa do álbum foi realizada pelo artista brasileiro Guido Alberi e se tornou posteriormente uma das capas favoritas dos fãs de MPB (com informações da Wikipedia).
Bebete Vãobora é um título que usufrui da oralidade para priorizar a composição de fonemas. Os arranjos da composição foram realizados por José Briamonte. A canção é acompanhada pelo Trio Mocotó, banda de apoio de nomes renomados do MPB, como Nelson Cavaquinho, Cartola, Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Moraes.
Ao som de Bebete Vãobora, Felipe de Assis, estudante de Geografia, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, participou da enquete do programa Mosaicos Culturais, da Rádio USP. Felipe admira o som animado que “te levanta da cama e te deixa preparado para o dia”. A letra é sobre a realidade do eu lírico em contraste à vontade de sambar, como representação da liberdade, junto a sua amada.
Quem é a Bebete?
Passados 55 anos do sucesso inicial (discreto) de Bebete Vãobora e Meu Guarda-Chuva, Elizabeth Viana, cantora do segundo samba-rock e inspiradora do primeiro, mora no município e estância turística de São Roque, a 62 quilômetros da capital paulista. Elizabeth nunca tomou para si o apelido de Bebete. Explica com modéstia e cautela a ligação com Jorge Ben. Paulista, filha de mãe branca e pai negro, ambos mineiros, Elizabeth Viana possui a mesma carga genética do gênero musical nunca consolidado que ela ajudou a inventar, inicialmente com o acompanhamento do grupo de samba joia Os Originais do Samba, do também comediante carioca Mussum (1941-1994) (com informações de Pedro Alexandre Sanches, do Farofafa).
Ouça o podcast no link acima.
O programa celebra a diversidade cultural, a riqueza da música brasileira e cria um senso de comunidade. O objetivo é dar voz aos estudantes da USP por meio de entrevistas sobre gostos e percepções musicais. Este podcast reproduz a experiência de escuta no programa Mosaicos Culturais – Ouça o Que os Estudantes Ouvem, transmitido nos dias 3 e 4 de julho de 2024.
Ao completar 50 Mosaicos Culturais, o artista mais escolhido até agora é Jorge Ben Jor. Assim, esta semana prestamos homenagem ao multi-instrumentista mostrando os cinco episódios com aquele groove jorgiano escolhidos por estudantes da USP.
Por Regina Lemmi
Estagiária sob supervisão de Magaly Prado
Mosaicos Culturais
Ouça o que estudantes ouvem
Estudantes da USP podem participar de Mosaicos Culturais. Basta gravar um áudio respondendo à pergunta “O que você anda ouvindo?” e enviá-lo para a Rádio USP pelo WhatsApp (11) 97281-5789.
Mosaicos Culturais vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto), e ainda via internet, através do site da emissora no link jornal.usp.br/radio/. É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Mosaicos Culturais – Ouça o Que os Estudantes Ouvem estão disponíveis na página de seu arquivo neste link.
Apresentação e edição: Caroline Kellen
Identidade sonora e produção: Bruno Torres
Edição: Cid Araujo
Supervisão: Magaly Prado
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