Mosaicos Culturais #147: Djavan canta “Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso pra mim é viver”

Por Magaly Prado
Nascido em Maceió em 1949, Djavan Caetano Viana chegou ao Rio de Janeiro aos 23 anos, iniciando sua trajetória musical em boates icônicas da época, como Number One e 706. Foi através de Edson Mauro, radialista conterrâneo, que conheceu João Araújo, presidente da Som Livre, encontro que transformaria sua carreira. A partir daí, Djavan desabrochou como um artista completo, conquistando o público com sua voz inconfundível, composições inspiradoras e produções musicais impecáveis. Mais do que um cantor de sucesso, Djavan é um patrimônio cultural do Brasil. Suas músicas, ricas em nuances e significados, convidam à reflexão sobre a vida, o amor e a liberdade.

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Nos anos 1990, Djavan lançou Coisa de Acender (1992), um álbum aclamado por sua criatividade e diversidade. Com influências de jazz, soul, blues e funk norte-americano, mescladas ao estilo único de suas composições, o disco é um marco em sua carreira. Entre as faixas, destaca-se Linha do Equador, um clássico com melodia de Djavan e letra de Caetano Veloso, que integrou a trilha sonora da novela O Mapa da Mina (1993), de Cassiano Gabus Mendes. A parceria entre os dois artistas resultou em uma obra repleta de imagens inusitadas para descrever o amor, numa estética que reflete a poesia tropicalista e modernista de Caetano (com informações da Wikipédia e do site oficial de Djavan).

Reflexões sobre vida, amor e liberdade

O título da música, Linha do Equador, simboliza equilíbrio e intensidade, representando a fronteira que, ao mesmo tempo, separa e une dois hemisférios, como no amor que divide e conecta os amantes. Na canção, Djavan evoca a vastidão e a beleza do sentimento por meio de imagens como “luz das estrelas” e “céu de Brasília” (informações do site Letras).

Ao som de Linha do Equador, Fernanda Franco, estudante de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da USP, compartilhou suas impressões para a enquete do Mosaicos Culturais. Ela contou que a música a faz relaxar, além de trazer memórias afetivas das viagens à praia com a família durante a infância. Para Fernanda, o que define uma boa música é o ritmo, o uso criativo dos instrumentos e a melodia envolvente.

Ouça o podcast no link acima

O programa celebra a diversidade cultural, a riqueza da música brasileira e cria um senso de comunidade. O objetivo é dar voz aos estudantes da USP por meio de entrevistas sobre gostos e percepções musicais. Este podcast reproduz a experiência de escuta no programa Mosaicos Culturais – Ouça o que estudantes ouvem, transmitido nos dias 19 e 20 de novembro de 2024.

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