Canción por la Unidad Latinoamericana é uma composição de Pablo Milanés, com versão para o português de Chico Buarque, interpretada por Milton Nascimento e Chico Buarque. A canção é uma versão do trabalho original de Milanés, após Chico ter conhecido Milanés como jurado do Prêmio Literário da Casa da América em Cuba, em 1978. A letra da canção contempla os movimentos de resistência às ditaduras da América Latina. Canción por la Unidad Latinoamericana tornou-se um hino socialista (com informações do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).
Ao som de Canción por la unidad Latinoamericana, Camila Queiroz, estudante de Mestrado interdisciplinar das áreas de Economia e Gestão ambiental na Escola de Artes, Ciências e Humanidades na USP, participou da enquete do programa Mosaicos Culturais, da Rádio USP. Camila diz que a canção é sobre a unidade latinoamericana, com a poesia de Pablo Milanés. A letra aborda a história, não como um carro quebrado na beira da estrada, mas como um carro alegre dirigido pelo povo. Com a mistura de MPB e salsa cubana, Camila exalta a obra musical como uma das melhores composições que já ouviu.
Pablo Milanés Arias (1943 – 2022) foi cantor e guitarrista cubano. Começou a cantar em estações de rádio ainda quando era criança. No início da década de 1960, começou a compor a partir de múltiplas influências, tais como a música tradicional cubana, a música norte-americana (principalmente o jazz) e a música brasileira. Participou de várias formações vocais, como o Cuarteto del Rey, um grupo que adotava o estilo negro spiritual e que interpretou suas primeiras canções em clubes de Havana (Cuba). Em 1974, gravou seu primeiro disco, Versos Sencillos, no qual apresentou versões musicalizadas por ele de poemas do cubano José Martí (1853 – 1895).
Em 1976, gravou seu primeiro disco com composições próprias, La vida no vale nada. Esta obra estava alinhada com os princípios da nova trova cubana e da Nueva Canción Latinoamericana. Entre as canções, destaca-se Yo pisaré las calles nuevamente, que clama pelo retorno da democracia ao Chile após o Golpe Militar de 1973; e Canción por la Unidad Latinoamericana.
Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque, é um ícone multifacetado: cantor, compositor, violonista, dramaturgo, escritor e ator. Considerado o maior artista vivo da música brasileira, sua discografia conta com aproximadamente oitenta obras, entre discos solo, parcerias e compactos. Filho de Sérgio Buarque de Hollanda, renomado historiador e jornalista, e primo distante de Aurélio Buarque de Hollanda, lexicógrafo e tradutor, Chico abandonou o curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) para se dedicar integralmente à carreira artística.
Seus primeiros sucessos, Sonho de um Carnaval e Pedro Pedreiro, marcaram o início de uma trajetória brilhante. Ao longo de sua carreira, ele foi agraciado com 11 troféus nas categorias de Melhor Canção em Língua Portuguesa, Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, Melhor Vídeo Musical em Formato Longo, Melhor Álbum de Cantor-Compositor e Álbum do Ano do Grammy Latino. Leia e ouça mais Mosaicos Culturais de Chico Buarque aqui.
Milton Nascimento, a voz atemporal da música brasileira, é reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos artistas da história. Dono de uma voz única frequentemente chamada de “voz de Deus”, sua carreira é marcada por sucessos inesquecíveis como Travessia e Maria, Maria, que o consagraram como um dos maiores ícones da música brasileira.
Nascido Milton Silva Campos do Nascimento, ele é cantor, compositor e multi-instrumentista. Em 1967, Milton Nascimento entrou no estúdio no Rio de Janeiro acompanhado pelo Tamba Trio para gravar seu primeiro disco. O encontro com o Tamba Trio e os arranjos de Luizinho Eça resultou em Travessia, um álbum que se tornou um marco e permanece moderno até hoje.
Ao longo de sua carreira, Milton foi agraciado com cinco estatuetas do Grammy Awards e lançou 34 álbuns. Em novembro de 2022, aposentou-se dos palcos na capital mineira, onde iniciou sua trajetória (com informações da Wikipédia). Leia e ouça mais Mosaicos Culturais de Milton Nascimento aqui.
Ouça o podcast no link acima
O programa celebra a diversidade cultural, a riqueza da música brasileira e cria um senso de comunidade. O objetivo é dar voz aos estudantes da USP por meio de entrevistas sobre gostos e percepções musicais . Este podcast reproduz a experiência de escuta no programa Mosaicos Culturais – Ouça o Que Estudantes Ouvem , transmitido nos dias 25 e 28 de outubro de 2024.
Se você deseja se juntar a nós nessa jornada musical, basta enviar um áudio compartilhando as melodias que embalaram seus dias e também as próprias interpretações sobre a interseção entre música e cinema. Estamos ansiosos para ouvir sua contribuição! Sua participação é essencial para enriquecer nosso dropes!
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Por Regina Lemmi
Estagiária sob supervisão de Magaly Prado
Mosaicos Culturais
Ouça o que estudantes ouvem
Estudantes da USP podem participar de Mosaicos Culturais. Basta gravar um áudio respondendo à pergunta “O que você anda ouvindo?” e enviá-lo para a Rádio USP pelo WhatsApp (11) 97281-5789.
Mosaicos Culturais vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto), e ainda via internet, através do site da emissora no link jornal.usp.br/radio/. É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Mosaicos Culturais – Ouça o Que os Estudantes Ouvem estão disponíveis na página de seu arquivo neste link.
Apresentação e edição: Caroline Kellen
Identidade sonora e produção: Bruno Torres
Edição: Cid Araujo
Supervisão: Magaly Prado
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