Mosaicos Culturais #129: Duquesa reflete sobre a própria resiliência em Carta para mim mesma

Ouvintes da Rádio USP agora podem ouvir os versos “Isso tudo não faz brilhar meu olho”, que ecoavam nos fones de ouvido de Stephany OIiveira, estudante de Educomunicação na USP

 Publicado: 25/10/2024 às 16:39     Atualizado: 28/10/2024 às 12:15
Mosaicos Culturais - USP
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Mosaicos Culturais #129: Duquesa reflete sobre a própria resiliência em Carta para mim mesma
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Jeysa Ribeiro, mais conhecida como Duquesa, é cantora, compositora e publicitária. Estreou sua carreira musical em 2015 com participação na canção Só guardei para mim, do grupo Sincronia primordial. Com uma discografia de dois álbuns: Taurus e Taurus vol.2, Duquesa se torna um novo fenômeno nos gêneros hip hop, pop e R & B.

Duquesa já realizou parcerias com Tasha & Tracie, Ajuliacosta, Urias e MC Luanna.  A cantora diz, em entrevista ao O Globo, “Nós, mulheres, vamos dominar tudo. A virada de 2023 foi revolucionária e a tendência é só crescer. Os caras só faziam música juntos, era um meio muito machista. Então, começamos a fazer o mesmo”. 

Ouça e saiba mais sobre Duquesa aqui

Capa do EP Sinto muito, de Duquesa, 2022. Foto: Reprodução

A canção Carta para mim mesma é composta e interpretada por Duquesa. A letra diz respeito às reflexões diante da vida, entre elas, sobre a própria resiliência, evidente nos versos “Ano passado eu morri também / Mas eu tô firme pro próximo”. A canção também é uma introspectiva, analisando o cansaço e a necessidade de acompanhar a rapidez do cotidiano (com informações do letras.mus).

Ao som de Carta para mim mesma, Stephany Oliveira, estudante de Educomunicação na Escola de Comunicações e Artes, participou da enquete do programa Mosaicos Culturais, da Rádio USP. Stephany conta que o gênero do rap à voz de mulheres é algo raro, de maneira a ressaltar o empoderamento das artistas. As canções possuem rimas relacionadas à vivência e postura das cantoras diante as dificuldades em se tornar relevantes na indústria do rap.

Ouça o podcast no link acima

O programa celebra a diversidade cultural, a riqueza da música brasileira e cria um senso de comunidade. O objetivo é dar voz aos estudantes da USP por meio de entrevistas sobre gostos e percepções musicais . Este podcast reproduz a experiência de escuta no programa Mosaicos Culturais – Ouça o Que Estudantes Ouvem, transmitido nos dias 24 e 25 de outubro de 2024.

Montagem por Regina Lemmi. Imagens/ Divulgação. Da direita para à esquerda as fotos são de: @leticiasuxo / @balbino.x / @isabelleindia_ / @valdinei / @isabelleindia_ / @juliojustoo / @stefflima

As minas do rap
Até dia 25 de outubro, vamos mostrar os episódios das rappers escolhidas por estudantes da USP, que demonstram como a presença das mulheres no rap tem influenciado a indústria musical, tanto em termos de produção quanto de consumo.

O hip hop é uma manifestação cultural que engloba o rap, grafites, MCs (mestre de cerimônia que canta) e DJs (disc-jóquei), o breakdance (dança de rua) e o beat box. Leia reportagem O rap feminino em ascensão na arte das rimas.

RAP
O rap, chamado metonimicamente de música hip hop, é um gênero musical caracterizado pelo discurso rítmico com rimas e poesias. Os cantores de rap podem ser chamados de rappers ou MCs. O termo “rap” descreve uma fala rápida que precede a forma musical de ritmo e poesia, e significa “bater”. A palavra rap já era usada no Inglês britânico desde o século 16, significando “dizer” até o século 18.
TRAP
O trap é um subgênero do rap da década de 2000 no sul dos Estados Unidos. No Brasil,  ele chegou em 2010, com a incorporação de artistas como Naio Rezende e Raffa Moreira. Atualmente, o trap se fundiu com o funk, a música eletrônica e o hip hop. Nomes como Matuê, L7nnon, Teto, Veigh e Xamã contribuíram com a adaptação do trap ao contexto brasileiro. Nos Estados Unidos, o trap-soul, uma mistura de trap com R & B, também faz muito sucesso, com artistas como PARTYNEXTDOOR.
RHYTHM AND BLUES (R&B)
O rhythm and blues, ou (R & B), é um gênero musical cujo nome foi criado na década de 1940 pela revista Billboard para diferenciar o jazz tradicional do estilo de batidas mais pesadas que se popularizou na época, com raízes no country blues e na música cubana. Nos anos 1960, o termo R & B foi substituído por soul e Motown, mas a sigla R & B  ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana abrangendo o pop e sendo fortemente influenciada pelo hip hop, funk e soul. 


Se você deseja se juntar a nós nessa jornada musical, basta enviar um áudio compartilhando as melodias que embalaram seus dias e também as próprias interpretações sobre a interseção entre música e cinema. Estamos ansiosos para ouvir sua contribuição! Sua participação é essencial para enriquecer nosso dropes!

Entre em contato conosco pelo número do nosso WhatsApp: (11) 972815789.

Por Regina Lemmi
Estagiária sob supervisão de Magaly Prado


Mosaicos Culturais
Ouça o que estudantes ouvem

Estudantes da USP podem participar de Mosaicos Culturais. Basta gravar um áudio respondendo à pergunta “O que você anda ouvindo?” e enviá-lo para a Rádio USP pelo WhatsApp (11) 97281-5789.
Mosaicos Culturais
vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto), e ainda via internet, através do site da emissora no link jornal.usp.br/radio/. É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Mosaicos Culturais – Ouça o Que os Estudantes Ouvem estão disponíveis na página de seu arquivo neste link.

Apresentação e edição: Caroline Kellen
Identidade sonora e produção: Bruno Torres
Edição: Cid Araujo
Supervisão: Magaly Prado

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A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.