Felizmente, nas últimas décadas, temos observado uma diminuição na prevalência dos índices de cárie dental. Ao mesmo tempo, observamos o aumento da longevidade de vida das pessoas, que acabam mantendo seus dentes por mais tempo na boca. Além disso, os hábitos e o estilo de vida da população mudaram consideravelmente. A erosão dental faz parte de um grupo de outros defeitos dentais chamados de lesões não cariosas. Muita atenção deve ser dada para o fato de que as lesões não cariosas são doenças contemporâneas, com relação direta com o nosso estilo de vida.
Como acontece a erosão dental? Fatores biológicos, comportamentais e químicos interagem com a superfície do dente, e, ao longo do tempo, tanto podem desgastar, ou mesmo proteger, dependendo de seu equilíbrio. A interação de todos esses fatores é fundamental e ajuda a explicar por que alguns indivíduos apresentam mais erosão do que outros, mesmo que estejam expostos a exatamente aos mesmos desafios ácidos em suas dietas.
A necessidade individual de tratamento depende da etiologia, do desconforto do paciente, da extensão e da profundidade da lesão. Controle da dieta com a redução no consumo de alimentos ácidos, remoção de hábitos deletérios devem ser instituídos. Muitas vezes, esse passo é difícil, pois necessita da colaboração do paciente.
Terapias como a aplicação tópica de flúor, mastigação de gomas de mascar sem açúcar para estimular o fluxo salivar após o consumo de alimentos ácidos, consumo de bebidas modificadas com reduzido potencial erosivo são algumas medidas que podem reduzir a progressão da erosão dental. Pastas menos abrasivas e a diminuição da força na escova durante a escovação, além do uso de escovas de cerdas macias, e esperar 30 a 60 minutos após consumo de bebidas ácidas para escovar os dentes também são recomendações.
Ficha técnica:
Edição sonora: Gabriel Soares
Vinheta: Cido Tavares
Produção: Rosemeire Talamone
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