No Momento Odontologia desta semana, a professora Carla Andreotti Damante, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, fala sobre tártaro, placa de bactérias que se mineraliza, ou seja, endurece na superfície dos dentes.
Segundo Carla, o tártaro fica em íntimo contato com a gengiva, é recoberto por uma camada de placa bacteriana e retém toxinas bacterianas, então ele pode ajudar no desenvolvimento de gengivite e doença periodontal que é a inflamação do osso de suporte dos dentes. “O tártaro tem que ser removido pelo dentista, com o procedimento de raspagem e alisamento radicular ou uso do aparelho de ultrassom. Uma vez mineralizado o paciente não consegue retirá-lo em casa, por isso precisa frequentar o consultório do dentista a cada seis meses para essa remoção.”
Para prevenir a placa bacteriana é necessário escovar os dentes e utilizar o fio dental, pelo menos, três vezes ao dia e fazer visitas frequentes ao dentista. “Todas as pessoas que não escovam corretamente os dentes estão sujeitas a ter formação de tártaro, mas algumas pessoas têm saliva com o PH mais alcalino e uma quantidade maior de minerais que tem uma formação mais rápida do tártaro, principalmente na parte de dentro dos dentes anteriores e inferiores.”
Para a professora, não existe uma relação de causa e efeito sobre a alimentação aumentar a formação de tártaro, mas existem alguns estudos que sugerem que uma dieta mais pobre, ou seja, rica em carboidratos e açúcares, favorecem uma quantidade maior de tártaro. “Uma alimentação saudável e um estilo de vida saudável são úteis para prevenir doenças no organismo como um todo, incluindo gengivite e periodontite”, finaliza.
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