
As versões que Bach fez de obras do compositor italiano Antonio Vivaldi (1678-1741) não podem ser consideradas meras transcrições. O cravista britânico Richard Eggar afirma, numa entrevista para a Netherlands Bach Society, que, nos arranjos e transcrições de músicas de outros autores, Bach sempre acrescenta algo novo e diferente. Ele não resiste a dar um toque pessoal a essas transcrições.
Exemplo disso é o Concerto para Cravo em Ré Maior (BWV 972), uma transcrição feita em torno de 1713, em Weimar, do Concerto em Ré Maior para Violino e Orquestra (RV 230), de Vivaldi, apresentado no programa Manhã com Bach, da Rádio USP (93,7 MHz), nos dias 24 e 25 de outubro de 2020. No terceiro movimento dessa obra – destaca Eggar -, Bach fez acréscimos muito interessantes para a mão esquerda e, no primeiro movimento, adaptou toda uma orquestra de cordas para o cravo.
O programa apresentou outras duas obras de Bach: a Sonata para Violino em Lá Menor (BWV 1003), de 1720, e a cantata Halt im Gedächtnis Jesum Christ, “Guarde na memória Jesus Cristo” (BWV 67), de 1724.
Ouça no link acima a íntegra do programa.
Manhã com Bach vai ao ar pela Rádio USP (93,7 MHz) sempre aos sábados, às 9 horas, com reapresentação no domingo, também às 9 horas, inclusive via internet, através do site da emissora. Às segundas-feiras ele é publicado em formato de podcast na área de podcasts do Jornal da USP.
As edições anteriores de Manhã com Bach estão disponíveis neste link.