Não é incomum que uma decisão ou solução de um problema acabe gerando um novo problema que ninguém havia imaginado. No estado de São Paulo, mudanças nas atividades produtivas e processos de urbanização acabaram por envolver no meio de um desses novos problemas um dos bichos mais simpáticos da América do Sul: a capivara.
As capivaras são roedores. Vivem em grupos, na beira de rios, lagos e represas. São animais herbívoros que dependem da vegetação disponível para se alimentarem e acabaram se adaptando muito bem em paisagens modificadas pelos seres humanos. O problema é que, em São Paulo, algumas dessas áreas passaram a registrar cada vez mais casos de febre maculosa, uma doença associada a um carrapato que costuma parasitar as capivaras.
Ciência USP conversou com Marcelo Bahia Labruna, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP que vem estudando a relação entre capivaras, carrapatos e febre maculosa. Ele contou alguns resultados interessantes de seu atual projeto de pesquisa.
Para melhor contextualizar essa história, conversamos também com o Leandro Gilio, do Centro de Agronegócio Global do Insper em São Paulo. Ele falou sobre as mudanças pelas quais o agronegócio paulista passou a partir da década de 1990 – mudanças que afetaram profundamente o mundo das capivaras.
Também neste episódio:
- um mapa que procura mostrar surtos de doenças que poderiam ser evitados se todo mundo tivesse acesso e aderisse às vacinas.
Ficha técnica
Apresentação e produção: Silvana Salles
Edição de som: Guilherme Fiorentini
Agradecimentos à Capivara Brass Band (Instagram | Facebook | YouTube)