
A pandemia mudou muita coisa no cotidiano das pessoas. Hábitos novos tem sido criados a partir das limitações de circulação. Um dos setores mais impactados é o da cultura, que passou a existir de forma remota. E o cinema representa muito dessa mudança generalizada.
Isso não significa que as coisas estejam paradas. A cineasta Moara Passoni, formada em Ciências Sociais pela USP, exibe nos dias 28 de março e 2 de abril o filme Êxtase, no Festival Quinzena do Documentário do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).
O filme é, segundo a própria diretora, uma mistura de ficção e realidade sobre o grave problema da anorexia, que representa uma das maiores causas de mortalidade feminina do planeta e atinge principalmente adolescentes e jovens. Moara fala a partir de sua própria experiência pessoal e o filme vem dando a ela um reconhecimento internacional. Atualmente baseada em Nova York, onde estuda roteiro e direção na Universidade de Columbia, ela foi nomeada uma das “25 New Faces of Independent Film” pela Filmmaker Magazine e um dos mais importantes nomes do mundo audiovisual, segundo os organizadores do festival dinamarquês CPH:DOX, onde Êxtase foi lançado em 2020.
Moara traz na bagagem o roteiro de Democracia em vertigem (2019), que concorreu ao Oscar de melhor documentário, e uma forte parceria com a diretora Petra Costa, com quem trabalhou em Olmo e a Gaivota e Elena.
Na entrevista ao Brasil Latino, Moara fala da sua carreira e das perspectivas do cinema brasileiro no cenário internacional, sem deixar de lado sua preocupação com os rumos do nosso País.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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