
Com 20 milhões de CNPJs, as micro e pequenas empresas representam um enorme potencial para o desenvolvimento do País. Responsáveis por mais de 70% dos empregos formais e informais, as MPEs, como são conhecidas, não possuem a força que o segmento apresenta em outros países. Para se ter uma ideia, na Itália as micro e pequenas empresas representam mais de 50% do PIB atuando, principalmente, na forma de consórcios. Quem acha que a Benetton é uma grande empresa de um só dono ou de poucos acionistas desconhece que ela é uma fórmula que reúne uma vasta cadeia de pequenos negócios associados.
A pandemia, que afetou tremendamente o setor no Brasil, não teve o mesmo impacto na Alemanha. Naquele país, o governo adotou uma política pública salvadora: cada micro e pequeno empresário recebeu o mesmo faturamento durante meses para compensar a queda do faturamento.
O Brasil até que avançou do ponto de vista da legislação. O Simples Nacional e a lei que regulamentou a micro e pequena empresa, ambas iniciativas aprovadas durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diminuíram a carga tributária e colocaram o pequeno negócio na pauta das compras públicas. Mas, como a teoria na prática é a outra, o cenário real aponta um forte endividamento, o que necessita a adoção de medidas emergenciais. O cenário latino-americano não é muito diferente do Brasil.
O papel das micro e pequenas empresas na economia foi o tema desta edição do Brasil Latino e teve a participação do ex-ministro do Turismo e ex-presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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