
O Equador passou recentemente por eleições presidenciais. No segundo turno, o candidato da direita Daniel Noboa venceu por uma estreita margem a candidata do Movimento Revolução Cidadã, Luisa Gonzalez, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa. O futuro é incerto. O país vive uma onda de violência sem precedente, a ponto de um dos candidatos à Presidência, Fernando Villavicencio, ter sido assassinado durante a campanha do primeiro turno, o que favoreceu a vitória de Daniel Noboa, herdeiro de uma família que controla 5% do PIB nacional. Surpreendentemente, os acusados pelo assassinato de Villavicencio foram executados dentro da prisão durante a campanha do segundo turno, o que elevou a temperatura da disputa e as fakenews contra Luisa. De concreto, as autoridades policiais não sabem até agora quem foram os responsáveis por esses assassinatos em série.
O jornalista Leonardo Wexell Severo, coordenador da Agência ComunicaSul de Comunicação Colaborativa, cobriu os dois turnos das eleições presidenciais do Equador e analisa quais são as perspectivas do país a partir da eleição do novo governo, que terá um mandato curto de apenas 16 meses. O atual presidente Guillermo Lasso usou um instrumento constitucional conhecido como “muerte cruzada”, que permitiu a ele renunciar e evitar a sua cassação pelo congresso unicameral, que agora tem maioria correista, apesar da derrota de Luisa González. O novo presidente terá até maio de 2025 para cumprir suas promessas de campanha diante de muitos desafios, especialmente a presença do crime organizado e o aumento da pobreza.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
.