
A Nicarágua viveu momentos de reconhecimento internacional quando saiu do anonimato geopolítico e fez uma revolução popular em 19 de julho de 1979. A família Somoza, que governou o país com mão de ferro durante 45 anos, fugiu para Miami e o poder foi assumido por um grupo de jovens guerrilheiros depois de uma sangrenta guerra civil que deixou milhares de mortos.
Munidos de armas e sonhos, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) iniciou um novo modelo revolucionário que despertou a simpatia mundial. Pluralismo político, respeito à propriedade privada e defesa intransigente da soberania conviviam com medidas de forte impacto social como a reforma agrária, prioridade à educação e à saúde e o fortalecimento da organização popular.
O tempo passou e depois de vitórias e derrotas, especialmente pela pressão e bloqueio dos Estados Unidos, a Nicarágua vive atualmente uma intensa crise política e social às vésperas da eleição presidencial e de deputados que acontece no dia 7 de novembro. Daniel Ortega, cultuado líder revolucionário sandinista, é candidato a um quarto mandato seguido em meio a prisões de adversários políticos.
Para falar sobre a atual conjuntura do país, o cientista político nicaraguense Humberto Meza participa desta edição do Brasil Latino.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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