
É preciso criar “salvaguardas” para evitar que os sistemas de inteligência artificial (IA) “arrasem” o mercado de trabalho, provocando mais demissões do que o necessário, diminuindo salários e desvalorizando a atividade produtiva dos seres humanos. Uma dessas “salvaguardas” se refere à necessidade de os criadores desses sistemas – como as universidades – buscarem uma IA que tenha como “norte” a geração de empregos. Sem isso, a única alternativa restante será uma IA que elimina postos de trabalho.
Essa proposta é feita pelo professor Glauco Arbix, coordenador da área de Humanidades do Centro de Inteligência Artificial da USP, nesta edição do podcast Além do Algoritmo. Em conversa com o jornalista Marcello Rollemberg, o professor destaca que as empresas podem ganhar em produtividade com esse tipo de IA. “Não se trata simplesmente de fazer as máquinas trabalharem no lugar dos humanos. O ganho real para a sociedade é quando as máquinas fazem aquilo que os humanos não conseguem, como ter uma memória quase infinita”, destaca. “A equação positiva é fazer sistemas de inteligência artificial que trabalhem junto com os humanos.”
Ouça o podcast no link acima.
Esta edição reproduz o programa Além do Algoritmo, transmitido pela Rádio USP no dia 20 de dezembro de 2024.