O compositor Esmeraldino Salles e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro – Fotos: Acervo pessoal de Paulo Sérgio Salles e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O programa De Papo Pro Ar trouxe entrevista com o doutorando da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP Felipe Salles de Castro sobre sua tese, Uma Noite no Sumaré: o Choro Negro e Paulistano de Esmeraldino Salles, que traz no título uma das músicas mais conhecidas da obra do músico paulistano. “Esse multi-instrumentista das cordas, negro, paulistano e autodidata, tem grande importância na música popular brasileira, principalmente no choro. Mas, por uma série de motivos, Esmeraldino ainda é um nome quase que totalmente desconhecido, mesmo tendo algumas de suas músicas gravadas por nomes como Canhoto, Dominguinhos e Yamandú Costa”, afirma Felipe Castro.
Disputa entre Venezuela e Guiana por Essequibo remonta ao século 19
A controvérsia entre Venezuela e Guiana sobre a região de Essequibo — área que possui grande reserva de petróleo — tem origem no século 19 e ambos os países reivindicam como seu, embora faça parte do território guianense, disse em entrevista à Rádio USP o professor Rafael Villa, do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e do Instituto de Relações Internacionais (IRI), também da USP. Na entrevista, o professor destaca que a região pertencia ao antigo Império Espanhol na América Hispana. Em cerca de 1830, o império inglês invadiu essas áreas e a Venezuela reivindicou a devolução do território em finais do século 19. A Guiana perpetua o controle de Essequibo devido à Sentença Arbitral de Paris, de 1899. “Nos anos 60, houve um processo de negociação entre o governo da Inglaterra e o da Venezuela sobre o território da Guiana Essequiba, chegando ao acordo de Genebra. A possibilidade de negociação estava sendo tratada na ONU.”
“Crianças não têm maturidade suficiente para enfrentar os desafios do ambiente digital”
Um dos principais problemas relacionados ao uso da internet está no seu acesso por parte de crianças sem supervisão de um responsável. De acordo com a professora Teresa Cristina Rebolho Rego, que leciona Psicologia da Educação na Faculdade de Educação da USP, essa faixa etária ainda não tem condições nem maturidade suficiente para enfrentar certos desafios colocados pelo ambiente digital, como o cyberbullying, as redes de pedofilia, os apelos da mídia sensacionalista e as fake news. “Elas precisam da ajuda de adultos, em especial dos pais e professores, para aprender a fazer um uso crítico, criativo e responsável das mídias e tecnologias disponíveis”, explica.
Preconceito ainda é realidade para pessoas com deficiência no Brasil
As pessoas com deficiência no Brasil ainda têm muitos desafios na luta pela inclusão e acessibilidade. O resultado dos dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), voltada para pessoas com deficiência, revela persistência na desigualdade em setores como a educação e o mercado de trabalho. Segundo os dados da mostra, no País o índice de analfabetismo para pessoas com 15 anos ou mais de idade oscila próximo a 5,7%. Contudo, o indicador aumenta quando se restringe às pessoas com deficiência, com uma taxa de 19,5% contra 4,1% daquelas sem deficiência. Anna Maria Padilha, pesquisadora de inclusão social e escolar de crianças e adolescentes com deficiência, atribui essas dificuldades ao preconceito e destaca a necessidade de uma educação inclusiva desde cedo, para promover a convivência entre pessoas com e sem deficiência.