O primeiro Encontro Acadêmico-Científico São Paulo-Baviera teve o objetivo de ampliar o contato entre os representantes de instituições de ensino superior e pesquisadores dos dois Estados
O evento encerrou a visita da comitiva alemã, que veio a São Paulo com o propósito de ampliar e intensificar a cooperação científica, especialmente na área do ensino superior, pesquisa e intercâmbio acadêmico entre os Estados de São Paulo e da Baviera (Alemanha), considerados “Estados irmãos”.

O Instituto de Estudos Brasil-Europa (IBE) e o Centro Universitário da Baviera para a América Latina (BayLat) organizaram o I Encontro Acadêmico-Científico São Paulo-Baviera, no dia 12 de abril.
Concebido com o propósito de impulsionar a realização de futuras parcerias em atividades de ensino e pesquisa, o encontro reuniu os reitores das mais prestigiadas universidades da Baviera com pesquisadores e dirigentes da USP, da Unesp e da Unicamp, para uma conversa informal sobre suas áreas de pesquisa e outros temas específicos de interesse comum.
Estiveram presentes ao evento o vice-reitor de Relações Internacionais, Adnei Melges de Andrade; o secretário da Ciência, Pesquisa e Artes do Estado da Baviera, Wolfgang Heubisch; o pró-reitor de Pesquisa da USP, Marco Antonio Zago; o coordenador geral do IBE, Moacyr Martucci Jr.; a diretora executiva do BayLat, Jur.Irma de Melo – Reiners; e o cônsul para Assuntos Culturais e Científicos da Alemanha, Ralf Heinkele.
Nos quatro dias em que esteve em São Paulo, a delegação conheceu algumas das universidades paulistas; participou da VI Cúpula de Líderes Regionais, liderada pelo governador Geraldo Alckmin; e firmou, com a Fapesp, um acordo de cooperação científica e tecnológica para o desenvolvimento de projetos científicos conjuntos entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da região germânica.
Parceria IBE e BYLAT
O IBE também aproveitou o encontro para anunciar um acordo de parceria com o BayLat. O acordo permite que as duas instituições trabalhem juntas no sentido de concentrar seus esforços para a realização de projetos mais integrados e efetivos.

Assim como o IBE, que é uma ação subvencionada pela União Europeia para o fortalecimento da educação superior no Brasil por meio da promoção do conhecimento mútuo, o Centro Universitário da Baviera para a América Latina (BayLat) foi criado pelo Estado Livre da Baviera para coordenar e promover a integração entre instituições de ensino superior da Baviera e as da América Latina.
Situada no sudoeste da Alemanha, a Baviera é uma das regiões mais industrializadas na Europa e se destaca em setores como o automobilístico, o eletroeletrônico e o de telecomunicações.
Cerimônia de boas-vindas
Também no dia 12, 1.300 estudantes de graduação e de pós-graduação de diversos países que estão no programa de intercâmbio da USP receberam as boas-vindas em uma solenidade especial, no auditório da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ).
“As portas da USP estão abertas para receber os estudantes”, afirmou o professor Adnei Melges de Andrade, vice-reitor Executivo de Relações Internacionais. “Esta é uma comemoração singela, mas, ao mesmo tempo, muito importante. O interesse dos estudantes pela USP é devido à sua posição no ranking mundial. Também se destaca por ser a 13ª na produção de artigos científicos do continente”, disse.
Andrade lembrou que a posição da USP entre as 70 instituições mais respeitadas do mundo, aliada à divulgação do Brasil como a sexta economia mundial, influenciam no interesse, cada vez maior, dos estudantes estrangeiros. “Esses índices significam que vocês terão mais chances por estarem realizando este intercâmbio”, destacou o vice-reitor dirigindo-se aos alunos. “Eu felicito a todos vocês que também estão emprestando parte de suas vidas para a Universidade”.

Na avaliação do professor Claudio Possani, assessor de Apoio a Visitantes e docente do Instituto de Matemática e Estatística (IME), a demanda de estudantes estrangeiros tem crescido muito nos últimos anos. “Eles procuram um intercâmbio em diversas áreas da Universidade, porém, o interesse é maior por economia, arquitetura, letras, agronomia e engenharia”, observou. “Eles vêm da América Latina, da África, da Europa e algumas dezenas de estudantes dos Estados Unidos.”
Possani explicou que os estudantes são atraídos pelo bom nome da USP e pela ascensão econômica do Brasil, porém também priorizam a fama de um país acolhedor. “Os estudantes ficam inicialmente por um semestre na graduação, mas acabam sempre retornando na pós.”
(Fotos: Ernani Coimbra e Cecília Bastos)