No dia 4 de novembro, em cerimônia realizada no Salão de Atos, que reuniu dirigentes, professores, funcionários e alunos, a reitora da USP na gestão 2005-2009, Suely Vilela, foi agraciada com a medalha “Armando de Salles Oliveira”. No evento, o quadro da ex-reitora foi entronizado na Galeria de Reitores da Universidade.
O diretor do Instituto de Geociências (IG), Colombo Celso Gaeta Tassinari fez a saudação em nome do Conselho Universitário. Em sua apresentação, Tassinari destacou as principais realizações da gestão de Suely, como o fomento à internacionalização da Universidade, a implantação do Programa de Inclusão Social (Inclusp), a criação dos Programas de Pré-Iniciação Científica e Eu na USP Jr, o incentivo aos novos modelos de pesquisa na fronteira do conhecimento, entre outras. “Isso faz com que a outorga da medalha se faça mais do que justa”, finalizou.
A concessão da medalha à ex-reitora foi aprovada na última reunião do Conselho Universitário (CO), realizada em 14 de setembro. A medalha “Armando de Salles Oliveira” foi criada pela Resolução 5477, de 2 de outubro de 2008, e leva o nome do governador do Estado de São Paulo que assinou o Decreto de criação da USP no ano de 1934. Ela tem a finalidade de homenagear pessoas, entidades e organizações, nacionais ou estrangeiras, que contribuíram de modo excepcional e decisivo para a valorização institucional, cultural, social e acadêmica da USP.
Os primeiros homenageados com a medalha foram os ex-reitores da USP de 1978 a 2005, ainda vivos, durante as comemorações dos 75 anos da Universidade, em Sessão Solene do Co realizada no dia 26 de janeiro de 2009, no Memorial da América Latina: Waldyr Muniz Oliva, Antônio Hélio Guerra Vieira, José Goldemberg, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Ruy Laurenti, Flávio Fava de Moraes, Jacques Marcovitch e Adolpho José Melfi.
Guimarães Rosa
Após receber a medalha, Suely Vilela afirmou sentir-se “distinguida em fazer parte desse rol de privilegiados”, referindo-se aos ex-reitores que já receberam a condecoração. “Abracei o desafio de ser a primeira reitora da USP, colocando-me de forma plena para levar a Universidade à liderança acadêmica”, destacou.
“Tive o privilégio de dirigir a melhor universidade da América Latina, o que foi, para mim, uma experiência sem par. Fiz o máximo para o cumprimento das metas traçadas”, acrescentou. Para finalizar seu discurso, Suely citou Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.
Em seguida, o quadro da ex-reitora, pintado pelo artista Marcos Claudio, foi descerrado.
Continuidade
O reitor João Grandino Rodas destacou a relevância dos projetos desenvolvidos na gestão anterior e da continuidade das ações na busca da excelência da Universidade. “O que a atual gestão está fazendo só se tornou possível porque já haviam sido dados os primeiros passos”, afirmou.
No aspecto da internacionalização, por exemplo, o reitor citou os atuais projetos para a construção de um prédio para moradia de estudantes estrangeiros e do Centro de Difusão Internacional. Além disso, ressaltou também a criação das Coordenadorias de Saúde, Relações Institucionais e de Gestão Ambiental e o programa para financiamento das pesquisas. “A continuidade é importante e necessária. A Universidade é diversidade, mas devemos ter uma irmanação comum, acima das diferenças”, salientou.
(Fotos: Ernani Coimbra)