“É muito significativa, para mim, essa oportunidade de voltar ao trabalho de gestão de uma instituição pública que se oferece, nacional e internacionalmente, como um dos mais ricos repositórios de obras de arte e documentos sobre o problema chamado Brasil. Vivemos um momento promissor, mas nem por isso menos grave, de enormes desafios para a Universidade e para a sociedade brasileira. Sinto-me privilegiada pela possibilidade de poder trabalhar em prol da reordenação do campo da pesquisa em artes e humanidades no País”, afirmou a nova diretora em seu discurso de posse.
Sônia também ressaltou que “talvez como nenhuma outra instituição no País, o IEB se oferece como um laboratório privilegiado para repensarmos o Brasil. Nosso desejo é encontrar os meios necessários para disponibilizar cada vez mais os acervos do Instituto a quem se dispõe ao trabalho de confrontar o Brasil e a perscrutar a contribuição que o País tem a dar para a solução dos graves problemas contemporâneos”.
Para a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, “o IEB é um centro que emula uma convivência avançada no campo da cultura e tem um imenso desafio de se abrir externamente, transformar a irredutibilidade da obra de arte em algo público, porque os incautos, até mesmo dentro da Universidade, ainda não se deram conta de que a cultura é a esfera que organiza a vida contemporânea. Se quisermos entender o mundo contemporâneo, o Brasil atual, temos que nos dar conta e revelar o lugar privilegiado da cultura nesse mundo”.
A cerimônia foi prestigiada pelo ex-reitor Jacques Marcovitch; pelo pró-reitor de Graduação, Aluisio Augusto Cotrim Segurado; pela pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Marli Quadros Leite; por dirigentes da Universidade e pesquisadores, servidores e estudantes do Instituto.
Quem são
Sônia Salzstein é professora de História da Arte e Teoria da Arte do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes (ECA), onde também coordena o Centro de Pesquisa em Arte Brasileira. Atuou durante mais de quinze anos na gestão de instituições culturais públicas no Brasil e, em 1989, implantou um espaço dedicado a projetos artísticos experimentais e à produção jovem no Centro Cultural São Paulo, órgão da Secretaria Municipal de Cultura da capital paulista.
Foi curadora de exposições de Tarsila do Amaral, Mira Schendel, Iberê Camargo, Alfredo Volpi, Antonio Dias, entre inúmeras outras, com artistas emergentes. Participou em diversos conselhos diretores e comitês assessores de instituições de arte e cultura no País.
A vice-diretora Monica Duarte Dantas é graduada em História pela USP, onde também fez seu doutorado em História Social, com período sanduíche na Universidade de Yale. Fez o pós-doutorado na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Foi professora visitante na Universidade de Columbia e, desde 2003, é professora associada do Instituto de Estudos Brasileiros.
É vice-presidente do Instituto Brasileiro de História do Direito e pesquisadora associada do Maria Sybilla Merian Centre Latin America and the Caribbean (Mecila). Seus estudos se concentram na História do Brasil do século XIX, com destaque para História dos Movimentos Sociais, História Política, História do Direito e História da Maçonaria.