
No dia 25 de outubro, uma sessão solene, realizada no Theatro Pedro II, marcou as comemorações dos 70 anos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O evento contou com a apresentação da USP Filarmônica e o lançamento do livro Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Quarta Década.

A cerimônia teve início com a entrada do cortejo universitário, que reuniu os dirigentes da Universidade e os membros da Congregação da faculdade. Autoridades governamentais, ex-reitores da USP, ex-diretores da faculdade, diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa, professores, servidores técnicos e administrativos e alunos da FMRP lotaram as dependências do teatro, localizado no centro da cidade de Ribeirão Preto.
“A cidade de Ribeirão Preto é privilegiada por ter esse centro de formação na área de saúde, responsável por irradiar conhecimentos, formando excelentes profissionais do País. Nossa cidade tem qualidade de atendimento em saúde e sabemos que a FMRP tem papel relevante nessa história, ao formar profissionais éticos, com elevada competência, que atuam em centros médicos e educacionais relevantes”, destacou o diretor da faculdade, Rui Alberto Ferriani.
A vice-reitora da Universidade, Maria Arminda do Nascimento Arruda, ressaltou a importância da FMRP no cenário nacional e internacional. “Esta é uma grande escola, de um momento que o Brasil tinha uma visão alargada deste país, nos fins dos anos 40 e início dos anos 50. Foi um momento privilegiado da nossa história, muito diferente do momento atual”, disse.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, que é docente da FMRP, onde também se formou, falou sobre os projetos da Reitoria previstos para Ribeirão Preto, como a criação de dois centros de vivência no campus.
Carlotti mencionou também o investimento da USP, no valor de R$ 67 milhões, ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, dos quais R$ 50 milhões serão destinados ao Serviço de Oncologia e outros R$ 17 milhões para reforma e ampliação do Serviço de Terapia Intensiva do hospital.
Serão criados um Serviço de Diagnóstico Rápido e um ambulatório integrado de Oncologia, além do aumento de 25 novos leitos oncológicos, entre outras estruturas. Com o investimento, a unidade terá um incremento de 33% na capacidade de internações em oncologia, passando de 4,7 mil para 6,3 mil ao ano.
“O período da pandemia da covid-19 mostrou para a sociedade o quanto a ciência é importante para a evolução, para a melhoria da qualidade de vida da nossa população. Felizmente, as contas da USP estão equilibradas e as condições econômicas e financeiras e o planejamento a longo prazo possibilitam que a Universidade faça investimento”, afirmou.

Durante a solenidade, o professor Zeferino Vaz, que é fundador e primeiro diretor da FMRP, foi homenageado com uma placa comemorativa entregue aos filhos Marly Vaz de San Juan e Sérgio Gandra Vaz. O texto da condecoração, escrito pelo professor Ferriani, ressalta o olhar visionário do médico que vislumbrou um centro irradiante de conhecimento nas ciências médicas.
Para fechar a noite, a USP Filarmônica fez uma apresentação com os solistas Fernando Crespo Corvisier (piano), Yuka de Almeida Prado (soprano), Eliana Cecília Maggioni Gugliemelmetti Sulpicio (percussão), Wagner Ferreira (cando com microfone), José Gustavo Julião de Camargo (viola caipira) e Gustavo Silveira Costa (violão), sob regência do professor e maestro Rubens Russomanno Ricciardi.
A programação contou, ainda, com o lançamento do livro Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Quarta Década, que relata as histórias, atividades e memórias vividas entre os anos de 1982 e 1992. A organização da obra (que pode ser acessada neste link) foi feita pelos professores da FMRP, Maria de Lourdes Veronese, Valdes Roberto Bollela, Jorge Elias Júnior e Rui Alberto Ferriani.
Outro destaque do evento foi a exposição “A Excelência em Sete Décadas: FMRP e os eventos comemorativos”, que resgata trechos de jornais impressos e fotos das comemorações em cada década da história da Faculdade, que foi idealizada pelos professores Ferriani e Jorge Elias Júnior e desenvolvida por Rose Brittes Lessa com assessoria da professora Maria de Lourdes.