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No dia 11 de dezembro, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) divulgou a lista daquilo que considera “os melhores de 2017 na arte”. Neste ano, a USP entrou em pauta em três categorias, que destacaram o trabalho de pessoas e instituições da Universidade.
Entre os premiados está a professora Lilia Moritz Schwarcz, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Na categoria Literatura, ela foi homenageada pela biografia Lima Barreto: Triste Visionário, lançada neste ano pela Companhia das Letras.
Em entrevista recente no programa Via Sampa, da Rádio USP, Lilia lembrou que a obra foi resultado de um trabalho de pesquisa que ela já desenvolvia há anos. O intuito foi dialogar com a boa biografia que já existia sobre o autor. “Precisava me certificar de que tinha de algo de novo a dizer, dados novos para apresentar”, disse a professora.
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Via Sampa
Na categoria que contempla produções voltadas para o Rádio, Heloísa Granito foi reconhecida pela APCA como melhor produtora jornalística pelo seu trabalho no Via Sampa, programa de divulgação cultural da Rádio USP.
Para Heloísa, essa é uma homenagem especial porque valoriza um programa dedicado exclusivamente à cultura. Com uma hora diária de programação, o Via Sampa desfruta de um “espaço raro na rádio”, como ela diz. Entre os demais finalistas na categoria, estavam produtores de programas esportivos e noticiosos.
A jornalista trabalha na Rádio USP há 24 anos, sendo os últimos dez dedicados ao Via Sampa, programa que estreou em outubro de 2007. Antes, trabalhou como produtora na TV Cultura.
Cobrindo a produção cultural da cidade São Paulo, o Via Sampa abre espaço para a divulgação de novos talentos que não costumam aparecer nos grandes veículos de comunicação. Hoje, é procurado por diversos artistas que reconhecem nele um espaço democrático para a cultura.
Em 2016, o programa ficou entre os três finalistas do Prêmio Antônio Bento da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), pela sua contribuição para a difusão das artes visuais na mídia. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 12 às 13 horas.
Casa de Dona Yayá
A Casa de Dona Yayá, que abriga o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, foi premiada pela APCA na categoria Arquitetura como ponto de “resistência urbana” da cidade. Outros locais que receberam a mesma premiação foram o Bixiga, a escola de samba Vai-Vai, a Festa de Nossa Senhora Achiropita, o Teatro Oficina e a União de Mulheres de São Paulo.
Diretora do CPC desde 2014, Mônica Junqueira de Camargo é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Para ela, a premiação reconhece o trabalho em equipe que torna a Casa de Dona Yayá ponto de referência na região central. “A presença do CPC na Casa de Dona Yayá é um fato positivo”, coloca.
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Sediado desde 2004 num imóvel tombado no bairro da Bela Vista, o Centro de Preservação Cultural da USP realiza diversas atividades, como exposições, seminários, oficinas de artistas e apresentações de música — todas abertas à comunidade.
“O trabalho continuado é que tem que ser valorizado”, diz a professora, lembrando a importância de cada diretor que atuou antes dela para aprimorar e dar continuidade às atividades de extensão e pesquisa promovidas pelo CPC, que é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (assista abaixo ao vídeo sobre a Casa de Dona Yayá produzido pela Superintendência de Comunicação Social da USP).
O prêmio da APCA será entregue aos vencedores em data ainda a ser definida. A lista completa dos premiados pode ser conferida neste link.