
O filme Maurina, o Outono Que Não Acabou, com roteiro e direção de Gabriel Silva Mendeleh, será exibido nesta sexta-feira, dia 11, às 15 horas, no Memorial da Resistência de São Paulo, seguido de debate com o diretor. A entrada é grátis. Com 85 minutos de duração, o filme conta a história de madre Maurina Borges da Silveira, ex-diretora do Lar Santana, em Ribeirão Preto (SP), que foi presa e torturada em 1969 pela ditadura militar (1964-1985). O filme foi premiado no começo deste ano no Festival de Cinema Independente de Sevilha, na Espanha, como anunciou o Jornal da USP na época (leia aqui).
No documentário são entrevistados ex-presos políticos de Ribeirão Preto e São Paulo que conviveram e testemunharam a rotina e torturas a Maurina nas prisões. Também há depoimentos de historiadores, jornalistas, religiosos e do advogado de defesa da madre. As entrevistas são intercaladas com imagens de arquivo e de reportagens da época, bem como animações e reconstituições com atores, que dão vida à narrativa, reproduzindo os depoimentos e uma carta escrita pela própria religiosa enquanto esteve extraditada no México. Um desafio, segundo Mendeleh, pois muitos documentos dessa época desapareceram ou foram “desaparecidos” e queimados. “Cada novo documento ou imagem encontrados era uma conquista, sem contar que até hoje muita gente tem medo de falar sobre o que aconteceu. A ditadura marcou profundamente nossa sociedade e as consequências são vistas até hoje”, acrescenta Mendeleh, que é funcionário da Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP, em Ribeirão Preto.
A exibição de Maurina, o Outono Que Não Acabou, de Gabriel Silva Mendeleh, será nesta sexta-feira, dia 11, às 15 horas, no Memorial da Resistência de São Paulo (Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia, em São Paulo). Entrada grátis. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3335-5910.