Para criar os trabalhos projetados no prédio da Fiesp, os alunos se dividiram em cinco grupos e escolheram o tema “Cotidianos Imperceptíveis”. A proposta é lançar luz sobre como o automatismo da vida moderna faz com que determinados acontecimentos e ações passem despercebidos na vida diária. Os estudantes pretendem chamar a atenção do público com combinações de imagens que criticam e expõem ideias sobre o que há de mecânico na rotina.
Os estudantes Gustavo de Oliveira, Giovanna Bars, Laura Alves, Larissa Martins e Dourivan Conceição Lima criaram um GIF de um semáforo gigante. “Por alguns segundos, nós transformamos o prédio da Fiesp em um semáforo, mas as ações dele, no entanto, não são tão convencionais como estamos acostumados a observar pela cidade”, explica Gustavo. A quebra de expectativa presente na animação dos alunos faz parte das outras criações também.
O grupo utilizou programas de animação e edição de vídeo. Segundo Gustavo, o software Adobe Animate foi usado para criar os bonecos de trânsito e as interações deles com o espaço. Posteriormente, o Adobe Premiere foi utilizado para adequar o projeto aos padrões técnicos do File.
O GIF do semáforo é seguido pela animação dos alunos João Vitor Otero, Julia Barbosa, Leticia Bruni, Sarah Jesus e Vitor Sendrete. O grupo animou rostos girando com técnicas de fotografia, modelagem 3D, geração de imagem com inteligência artificial e edição de vídeo. “As texturas dos rostos se alteram entre as de pessoas reais e algumas geradas artificialmente, trazendo a discussão da pós-verdade e da inteligência artificial”, detalha João Vitor.
Sobre a experiência, Gustavo diz que é uma chance de concretizar as práticas e teorias ensaiadas em sala de aula, assim como a possibilidade de lidar com documentações e exigências de um espaço importante dentro de um circuito muito almejado. João Vitor acrescenta: “É uma oportunidade única de expandir meu portfólio e mostrar meu trabalho em um ambiente de prestígio”.