
No passado, os aparelhos eletrônicos (rádio, televisores, geladeiras) passavam de geração para geração, ou seja, possuíam maior durabilidade. Hoje, a durabilidade é igual, mas logo eles se tornam obsoletos, substituídos por modelos mais modernos. Isso acaba gerando muito lixo eletrônico, que é o assunto da coluna desta semana do professor Paulo Saldiva. Em entrevista à repórter Silvana Pires, ele fala sobre a relação entre a produção de lixo eletrônico e a saúde, em um mundo que, em 2014, produziu 42 milhões de toneladas de material eletrônico descartável; em 2017, conforme projeções, serão 66 milhões de toneladas. Esse material, nocivo à saúde por conter metal, é reciclado na África – o chamado racismo ambiental –, com todas as consequências possíveis para a saúde da população local.