Cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, anunciaram nesta semana que irão iniciar, em pessoas com a doença de Parkinson, os primeiros testes para um novo tratamento. Serão usadas células-tronco pluripotentes induzidas, as células IPS, da sigla em inglês, injetadas no cérebro dos pacientes depois de reprogramadas para se tornarem neurônios.
Descobertas em pesquisa que levou um Nobel em 2012, essas células têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tecido, sendo obtidas a partir de uma célula-tronco não-pluripotente adulta, reprogramada por meio da indução da manifestação de certos genes. Atualmente os pesquisadores conseguem essas células diretamente do sangue dos pacientes, sem necessidade de métodos mais invasivos.
Nesta edição de Decodificando o DNA, Mayana Zatz dá mais detalhes da técnica em estudo, baseada na produção em laboratório dos neurônios que fabricam o neurotransmissor dopamina, afetados na doença. No Parkinson, a deficiência de dopamina causa tremores e dificuldades de executar e coordenar movimentos, entre outros problemas.
Ouça a professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP, clicando no áudio acima.