Os brasileiros se identificam como brancos, pardos, negros, indígenas, asiáticos… Mas será que essa classificação também é biológica? Cientistas do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco, da USP, fizeram o primeiro mapa genético em idosos da nossa população e chegaram a informações surpreendentes.
Além de não verem uma correlação clara entre a autoclassificação e a genética, eles também descobriram 207 mil variações em genes de brasileiros que nunca tinham sido vistas no mundo.
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Mapa genético
Para fazer o mapa genético, chamado de Análise de Componentes Principais, foram analisadas amostras de sangue de 609 idosos representativos da população de São Paulo. A partir dessas amostras, foi sequenciado o exoma de cada idoso – o exoma é a parte do DNA que traz as informações necessárias para se produzir as proteínas dentro das células.
Em seguida, o conjunto de exomas foi comparado a um exoma considerado “de referência” para o ser humano e a bancos de dados de exomas internacionais. Após a análise de todos os dados, os pesquisadores chegaram às variantes exclusivas dos brasileiros.
Como as proteínas formam a estrutura e também atuam nas funções do corpo de um indivíduo, os cientistas querem agora analisar essas variantes para obter informações sobre as características únicas da população do país.