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Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das dez principais ameaças à saúde, a obesidade ainda não tem solução milagrosa que não passe antes pelo controle alimentar. Pelo menos esta foi a resposta que a nutricionista Caroline Bertoncini Silva obteve em pesquisa com a cúrcuma, usada como suplemento em dietas para animais de laboratório.
O estudo foi realizado nos laboratórios de Nutrição Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e o objetivo, segundo a pesquisadora, era verificar se a raiz asiática, muito usada como tempero na cozinha, podia prevenir ganho de peso já que outros estudos comprovam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes da cúrcuma.
Como resultado, observou-se a manutenção de peso e aumento de gordura marrom (em tese, benéfica, pois está ligada à aceleração do metabolismo) somente nos animais alimentados com dieta balanceada. Os que receberam alimentação com alto teor de gordura, ao contrário, apresentaram maior ganho de peso sem nenhuma interferência da cúrcuma no perfil de gordura e açúcar de seus organismos.
Outro dado que chamou a atenção foi o possível efeito tóxico da cúrcuma. Caroline encontrou infiltrações de gordura no pâncreas dos animais suplementados, tanto dos que receberam dieta normal quanto dos que receberam alimentos com grande quantidade de gordura. Mas uma explicação para este fato ainda demanda mais investigações, ressalva a pesquisadora.
Esses achados foram publicados em edição recente da European Journal of Nutrition e integram a dissertação de mestrado de Caroline, que foi orientada pela professora Vivian Marques Miguel Suen, da FMRP.
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Mais informações: e-mail bertoncinicaroline@gmail.com