Feito com o objetivo de mapear as cidades com maior potencial de desenvolvimento, o Ranking Connected Smart Cities traz indicadores que qualificam as cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil. Elaborado pela consultoria Urban Systems, o ranking é composto de eixos de desenvolvimento econômico sustentável utilizados em padrões internacionais que ajudam a minimizar riscos e sinalizam oportunidades de negócios.
O professor Erasmo Gomes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto, explica que esses indicadores estão relacionados a 11 eixos temáticos ou áreas de atuação, sendo elas: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança.
O professor ressalta que alguns indicadores não dependem só da administração municipal e esclarece que o conceito de conectividade utilizado não se refere somente às tecnologias da informação e comunicação (Tics), mas sim a relação existente entre as diversas ações, iniciativas e políticas implementadas em âmbito municipal. Ribeirão Preto é a 25ª colocada no ranking nacional, as melhores pontuações da cidade ocorreram nos setores de Economia, Tecnologia e Inovação. O professor comenta que a cidade pode melhorar estabelecendo prioridades e traçando planos de ação, provendo os recursos necessários e adequados, sejam eles humanos, cognitivos ou financeiros.
Gomes acredita que essa discussão tenha que abranger toda a região metropolitana já que os mesmos indicadores revelam aspectos importantes para todos os outros 33 municípios que compõem a região. “Uma instância para se levar essa discussão é o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana, que reúne os prefeitos das 34 cidades e também representantes do governo estadual” diz.
Um dos indicadores analisados, a educação, mostra que Ribeirão Preto ocupa a 100ª posição no Brasil, com 4,13 pontos. A diferença é de 1,94 ponto para o 1º colocado, São Caetano do Sul. O recorte de educação do Ranking Connected Smart Cities é composto de 12 indicadores, oito concebidos para o próprio eixo de educação, dois para o eixo de tecnologia e inovação e dois para o eixo de economia. Gomes ainda ressalta que as universidades públicas e particulares de Ribeirão Preto podem impactar nesse indicador gerando conhecimento por meio da pesquisa e do ensino, na formação de profissionais e na realização de atividades de extensão.
O professor fala que um mecanismo institucional e efetivo para a participação das universidades na Região Metropolitana de Ribeirão Preto é o Conselho Consultivo da Região Metropolitana e os Conselhos Sub-Regionais.
Ouça no player acima a entrevista na íntegra.