O Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP completa 65 anos de existência com a certeza de dever cumprido. A descoberta da bradicinina, por exemplo, revolucionou o tratamento para a hipertensão arterial e representou um marco, tanto para a unidade como para a ciência brasileira.
Outras pesquisas inovadoras para a medicina, como a descoberta do envolvimento do hormônio neurotransmissor serotonina para a geração de ansiedade, possibilitaram a criação de novos fármacos e também mostraram os graves efeitos adversos dos antibióticos aminoglicosídeos. Ao longo destas décadas, o departamento também foi responsável pela formação de aproximadamente 400 mestres, 300 doutores e mais de 180 pós-doutores, além da realização de diversas pesquisas de repercussão mundial.
A professora e chefe do Departamento de Farmacologia da FMRP, Rita Tostes, explica que os programas de pós-graduação em Farmacologia, desde sua primeira avaliação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), obtêm o conceito máximo. “A Capes realiza uma criteriosa avaliação dos cursos de mestrado e doutorado de todas as instituições de ensino superior, há cada quatro anos. Os programas recebem notas de 1 a 7, sendo 7 a nota máxima, que indica desempenho equivalente a programas internacionais de alto padrão. Portanto, desde sua criação, a nota 7 recebida nas avaliações da Capes reflete a grande qualidade e o caráter internacional dos nossos cursos”, diz a professora.
Integrante de uma universidade de ensino, pesquisa e extensão, a equipe do Departamento de Farmacologia sabe que tem ainda mais desafios pela frente, principalmente neste momento conturbado causado pela pandemia do novo coronavírus. Rita afirma que várias pesquisas relacionadas à covid-19 estão em andamento no seu departamento. “Os grupos de pesquisa do departamento rapidamente se mobilizaram e deram início a projetos científicos na área.”
Veja aqui vídeo comemorativo aos 65 anos do Departamento de Farmacologia da FMRP.
Ouça na íntegra a entrevista da professora Rita Tostes ao Jornal da USP no Ar, Edição Regional, no player acima.