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As mudanças e os enormes desafios que educadores e estudantes passaram a enfrentar em decorrência da pandemia dos últimos dois anos fizeram com que a educação brasileira retrocedesse uma década. O que já era um cenário desafiador, ficou ainda pior. A boa notícia é que o Brasil dispõe do conhecimento e de práticas eficientes que podem nos fazer avançar e reverter os atuais indicadores.
Fruto de políticas públicas fortes nesta área e órgãos destinados ao monitoramento da educação, o sistema educacional brasileiro já é reconhecido por ter avançado nas avaliações e por já ter incorporado diagnósticos na elaboração de diversas políticas públicas. Com a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), avaliações educacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), vão precisar passar por reformulações.
Pensando nisso, para articular esforços em torno de melhorias e mudanças que sejam baseadas em evidências, o Instituto Ayrton Senna e o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP se uniram em uma cátedra, que será apresentada em um evento no dia 10 de março, a partir das 10h30, no Auditório da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP. O evento também terá transmissão ao vivo via YouTube.
A ocasião contará com a presença da presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna; do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira; do reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Junior; do presidente do Inep, Manuel Palácios; do diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP, Guilherme Ary Plonski; e do titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do IEA-RP, Mozart Neves Ramos. Na ocasião, também será realizada a posse da professora Maria Helena Guimarães Castro como titular da cátedra. Os participantes trarão análises sobre o cenário educacional brasileiro.
A Cátedra Instituto Ayrton Senna de Inovação em Avaliação Educacional será um espaço para debater o papel das avaliações no Brasil, como seus diferentes modelos, formatos, técnicas e complementariedades. Além disso, será um núcleo de discussão sobre os usos dos dados e indicadores gerados por meio das avaliações, as inovações possíveis para aprimorar aquilo que já é feito, incorporando novas abordagens. O trabalho inclui ainda realizar advocacy e buscar redes educacionais parceiras para a realização de projetos pilotos dentro dessa temática.
A cátedra terá duração de quatro anos e será conduzida pela professora Maria Helena Guimarães de Castro. Socióloga e mestre em Ciência Política pela Unicamp, ela já esteve à frente de órgãos como a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a Fundação Seade, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e, mais recentemente, do Conselho Nacional da Educação. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave).
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Com informações do Instituto Ayrton Senna